quarta-feira, 28 de abril de 2010

Diário de Bordo - Dia 27 de abril de 2010

Reunião do GTU ontem, a meu ver, foi menos produtiva que as anteriores. Todavia, no contexto e na confiança que eu tenho nos diretores, acredito que a reunião de ontem não foi como foi, por acaso. Arrisco em dizer que foi até necessária a reunião da forma como foi feita ontem.
Iniciamos com um jogo/aquecimento/alongamento, porém dessa vez usando o guarda-chuva, o que foi deveras interessante. Saber que tal instrimento pode significar um prolongamento do meu corpo, assim como as milhões de maneiras que eu posso usá-lo é, de certa forma, encantador/assustador (assustador pelo fato de sermos moldados pela sociedade a agir de uma certa forma e a usar os instrumentos criados pelo homem unicamente pra suposta função para qual foram criados - hoje em dia eu vejo o quão banal, por causa dessa influência, as coisas estão ficando, tanto em relação à objetos, como em relação a própria conduta humana, pois o que antes era chocante, hoje é banal e ninguém mais dá a devida importância).
Mais uma vez as cenas (escola, igreja, jantar e trabalho)... Sendo que dessa vez a condução foi diferente. Quem teve a oportunidade de apresentar a cena novamente teria que escolher somente três movimentos para compor a mesma, devendo, ao final de tais movimentos, repetí-los. Somente os grupos da igreja e da escola conseguiram apresentar por causa do tempo e por causa da demora do primeiro grupo (igreja).
Destaque para a integrante do grupo da escola chamada Krishna (não faço nem idéia de como se escreve o nome da garota!) que conseguiu, a meu ver, escolher três movimentos e conduzí-los maestralmente.
Após as cenas, um bate-papo dos dirigentes conosco, onde foi questionado pelo Ives acerca de como está sendo (pra nós, integrantes) trabalhar com esse grande número de pessoas.
A maioria concordou que é um desafio trabalhar com tanta gente, mas tal desafio é gratificante eis que é um gigantesco aprendizado para todos. A maioria concordou também, que não deve haver a divisão do grupo GTU por causa do número de pessoas.
No final, um forte abraço entre todos e exibição da camisa do GTU (pelo que eu consegui escutar).

Momento Malva.
Encarnando Paola Bracho:
Tem gente no GTU (tanto diretores, quanto atores) que está numa pressa absurda pra que seja montado logo o espetáculo e não aceita os jogos/exercícios/trabalhos que estão sendo propostos e feitos durante as reuniões. Me pergunto o por que dessa pressa toda?
Além do mais, essa meia dúzia de gatos pingados que se acham as personificações de Stanislavski, Brecht, Boal, Grotowski e cia, só porque já participaram de um ou dois espetáculos na cidade, não fazem absolutamente porra nenhuma pra ajudar o grupo e perdem uma parte enorme do escasso tempo que o GTU tem, para ficar fazendo intrigas e criticando a direção.
Isso ta dando no saco... Quando eu virar Soraia Montenegro a coisa não vai prestar.

Voltando ao estado normal.
Estou gostando bastante de trabalhar com o grupo todo. Admito que é desafiador dada a grande quantidade de integrantes, porém, isso, por si só, não é um empecilho, mas sim uma motivação.
Digo, agora, que o meu maior obstáculo é justamente os que se acham o próprio Paulo Autran, e que ficam, como dito supra, criando nichos dentro do GTU e criticando os não só os diretores, mas também os que estão começando agora, como é o meu caso. Sei que não devo ligar pra isso, mas estamos falando de "mercado de trabalho" e me sinto intimidado com os que já "sabem" fazer. Sinto que em grande parte não consigo me entregar completamente ao GTU por causa disso. O que já não ocorre nas aulas do Curso Técnico, onde eu já praticamente comecei a me doar de corpo e alma, não só pelo que eu já fiz nesse curto espaço de tempo (dois meses), mas principalmente pelo que eu estou disposto a fazer.

Minha latinha está customizada!
Não teve frase pra semana que vem.
Não consegui responder a chamada, pois nessa hora eu estava calçando o meu tenis para correr pra minha pós-graduação e a sala estava parecendo o ver-o-peso de tanto barulho, de modo que não consegui ouvir meu nome ser chamado. (Ives, por favor, dá um jeito nisso pra mim?).

The ende....













...Continua...

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Gosto muito da forma como vc expõe as coisas... só tenho um pouco de dificuldade em identificar de onde vem essas exigências. Como vc diz de forma geral, as vezes me sinto dentro dessa casta que se diz já "saber" fazer, entende?! Mas de forma geral não me sinto assim, acredite. Estamos aprendendo juntos, eu como vc a cada dia me sentindo mais, me descobrindo mais, me reconhecendo em minhas limitações sobretudo.
    Mas creio que tdo vem pra bem,e é sempre muito bom poder rever/ repensar melhor, refazer de forma mais acertada nossas ações.

    Obgada pelas colocações tão pertinentes, precisamos aprender com elas, né?rr
    Assim: não desistamos, pois!!!rr
    Abço querido.

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