quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Rainy Day Man

As vezes eu queria ser um Rainy Day Man...
Mais um ano que acaba... E esse parece que foi O ANO.
O ANO não sentido de bom, ou até mesmo de ruim, mas O ANO no sentido de que aconteceram muitas coisas que mudaram e marcaram demais a minha vida.
Me peguei pensando, nessa noite de insônia, no meu passado, em tudo que eu fiz até esse momento.
Nunca fui muito de praticar esportes. Teve um ano que eu fiquei de recuperação em educação física por causa das minhas faltas!
Sempre fui mais do tipo nerd! Gostava de jogar RPG, Magic e spellfire (quem lembra desse?). Minhas matérias preferidas sempre foram História, Geografia, Sociologia e Filosofia. Odiava profundamente Matemática e Física. Gostava de ficar em casa fazendo fichas de personagens para partidas que provavelmente nunca seriam jogada. Acho que fiz milhares delas. Gostava, e ainda gosto, de ler qualquer coisa fantasiosa e que me fizesse fugir da realidade. Já perdi a conta de quantos livros já li, apesar desse ser um hábito relativamente recente.
Fiz o curso de inglês, como qualquer outro jovem de classe média. No início não gostava muito. Era muito ruim ter de ir pra aula aos sábados de tarde. Com o tempo fui fazendo amizades e o curso de ruim, não no sentido de qualidade, pois era um ótimo curso, passou a ser fantástico. Meu sábados nunca foram tão divertidos! Todo sábado depois da aula a turma ia ao cinema, ao bosque, ao museu ao parque etc...
Depois do inglês veio o alemão. Língua difícil. As aulas eram as segundas, quartas e sextas de manhã na Casa de Estudos Germânicos. Diferente do inglês, gostei logo de cara de ter começado o curso de alemão. A turma era legal. A língua era fantástica e de uma fonética que me encantava.
Depois virei um pseudo Otaku. Passei a assistir animes e ler mangás. Fiquei viciado. Até hoje assisto e leio, mas não com a mesma frequencia. Chrono Crusade, Pokemon, Digimon, Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seya se preferir), Dragon Ball, Dragon Ball Z, Guerreiras Mágicas, Mahou Sensei Negima, Death Note, Fate Stay Night, D. Gray Man, Full Metal Alchemist, Chobits, Video Girl Ai, Gundan Wings, Samurai X, Soul Eater, Naruto, Bleach, One Piece, Nauzica, Trinity Blood, dentre outros. Entrei no grupo Shogun, que é um grupo que realiza eventos de animes aqui na cidade. As reuniões eram aos sábados de tarde. Novamente meus sábados ficaram divertidos. Cheguei a fazer dois cosplays: o Soijiro Seta (Samurai X) e o Abel (Trinity Blood). Experiência única. Durante essa fase comecei a fazer o curso de japonês. Fantástico!
Lembro também das viagens. São Paulo, Rio de Janeiro, Natal, Recife, Araripina, Santarém, Fortaleza, Vitória e Brasília. Todas as viagens foram perfeitas, mas tenho que admitir que a que eu fiz pra Natal e Araripina foi a mais incrível! Fui de ônibus com um amigo meu.
Ai veio o Kung fu (Wu Shu). Vários hematomas! Não que eu apanhasse, mas porque eu me batia todo em alguns katis e com algumas armas! Ganhei elasticidade, resistência e músculos.
Passei no vestibular pra Direito. Assim como na prova da OAB.
Virei assessor de uma desembargadora, entrei no curso de francês e larguei tudo pra seguir me sonho que é ser ator, o que ocorreu no presente ano.
Me pergunto se tudo que eu fiz antes não foi para estar vivendo agora essa fase.
No início era essa a esperança. Hoje em dia me questiono sobre isso.
Dois espetáculos. Várias participações em eventos teatrais (Dia mundial do teatro, dois cena aberta, auto do círio...). Vários aplausos...
Não sei ao certo se algum deles era pra mim...
Vejo as pessoas com quem trabalhei e me acho muito distante delas. Se fosse só delas, até que levaria numa boa... Mas até as que começaram junto comigo parecem melhores e os comentários são a prova disso...
Hoje acho que ainda não era a hora...
Talvez eu devesse ter vivido mais coisas antes de entrar nessa área.
Me frustrei com o curso, pois achava que, por estar numa escola de teatro, eu seria ensinado a atuar, mas na prática eu é que estou me ensinando. A política de ator-criador adotada pela escola virou a maior desculpa do mundo para os professores esquecerem que são professores e os alunos viverem num eterno "laissez faire, laissez aller, laissez passer".
Não sei o que mais me incomoda, se são os comentários de alguns ou o silêncio de todos... (entendam como quiserem)
No fundo acho que o que mais incomoda é que "I'm not good enough"...
Ah, como eu queria ser um Rainy Day Man!
"... he doesn't like sunshine,
he doesn't chase rainbows, he doesn't need good times, no..."

É, mas diferente dele, eu preciso de bons tempos, eu caço arco-iris e gosto dos raios solares, eu preciso de comentários (bons e ruins), eu preciso ser ensinado... (entendam como quiserem).

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Máquina 2.0

Finalmente!
Depois de quase um ano chegou o nosso grande dia!
Hoje, dia 15 de outubro de 2010 está inaugurado o nosso empreendimento!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A case of YOU

Estava andando tranquilamente quando de repente te vi. Uma troca bem rápida de olhares. Senti minha alma ser inundada pelo teu ser.
Não pude evitar, tive que me virar e continuar te olhando enquanto seguias na direção oposta a minha. Um comentário com um amigo. Ele riu, mas concordou com o que eu tinha tido.
Os dias se passaram e nós nunca mais nos esbarramos, até que começaram as reuniões de terças e quintas.
Novamente te vi e novamente comentei com meu amigo. Novamente senti minha alma ser invadida por ti.
Nenhum contato. Meses se passaram e eu só te admirava de longe...
"José, para com isso! Não vai rolar nada mesmo" Eu vivia me dizendo isso.
Outras pessoas se aproximaram de mim. Outras pessoas entraram na minha vida, mas ainda assim, só tu invadistes a minha alma... Nenhuma delas me completou. Eu as libertava e quando elas se sentiam seguras, elas partiam em direção a novas descobertas. Eu continuava só...
Te chicoteaste na minha frente... E a cada chicotada que davas, sentia um pedaço de mim indo embora... Quando acabaste a apresentação, eu só queria te dar um abraço...
Depois te vi todo azul... Representavas o Deu grego que eu mais achava legal... Fiquei hipnotizado... Não tirei os olhos de ti durante toda a performance... Você sequer sabia que eu estava lá...
Acabamos nos afastando... Não te via mais pelos corredores... Apresentamos, sem você, a nossa prévia de espetáculo. Senti sua falta, mas não podia falar com ninguém a respeito disso...
Acreditei, por um momento, que o nosso único elo tinha se rompido...
Mais um tempo se passou... Um mês inteiro sem sequer sonhar que poderíamos nos ver novamente...
Me deixei levar pelos que andavam comigo... Deixei outras pessoas entrarem na minha vida, mas nada... Aquela sensação só você conseguiu provocar...
Eu estava quase desistindo de tudo...
As reuniões de terça e quinta foram retomadas e para minha surpresa, estavas lá.
Fiquei feliz!
Nos primeiros dias compartilhamos com o grupo algumas coisas sobre a nossa vida...
Ouvi atentamente sua história.
Não estava mais aguentando aquela vontade de voce!
Quando estávamos na fila do banco tentei criar um contato maior...
Encostei minha cabeça no seu ombro enquanto esperávamos o banco abrir.
Não sabia se você tinha gostado...
Passaram-se mais alguns dias...
Sempre que nos encontrávamos, te abraçava.
Meu coração acelerava...
Um dia estávamos sentados, durante uma das reuniões de terças e quintas, e você deitou encostando a cabeça na minha perna... Meu coração acelerou... Estava nervoso, mas muito feliz!
Você se afastou e eu resolvi arriscar mais... Me levantei... Contornei a garota que estava entre nos dois e me deitei com a cabeça no seu colo... Estava nervoso demais... O que será que vai acontecer? Cafuné! Você simplesmente me fez um cafuné!!!!!!!!!!!!! Me senti nos céus!
Alguns dias se passaram e uma amiga me disse isso: "Alguém perguntou por você"
"Quem" Eu indagava, mas ela não dizia.
Até que chegou o grande dia.
Era domingo, dia 26 de setembro de 2010, por volta das 21:00hs.
Estava conversando com essa amiga pelo msn, e ela me falava que estava conversando com você.
Fui super cara de pau e pedi seu msn para ela.
Ela me passou e eu te adicionei...
Você aceitou!!!!!!!!!!!!!!!
Começamos a conversar... "O que falar?" Nunca tinha conversado com você antes... Não assim...
Cinéfilo! Você é cinéfilo! Pronto! Me senti em casa!!!!!!!!!! Temos um gosto parecido para filmes. Aliás, não só para filmes, mas também para várias outras coisas!
A conversa fluiu super bem... Te passei uma música que eu gosto muito "A case of you" da Joni Mitchell. Você disse que gostou!
Estava ficando tarde...
Te passei meu telefone...
Você me passou o teu...
Te liguei ainda naquela mesma noite e você atendeu...
Conversamos sobre tudo! Contei coisas que nunca tinha contado pra ninguém... Me senti seguro com você... Fiz confidências... Você também!
Conversamos até 02:30hs... Você tinha que ir trabalhar no outro dia... Nos despedimos... Doeu um pouco...
Quando nossa conversa acabou eu estava muito feliz! Queria cuidar de ti!
Desde esse dia minha vida mudou!
Achava que tinha sido feliz, mas fui descobrindo ao seu lado, o verdadeiro significado da felicidade!
Nosso contato aumentou bastante!
Conversávamos direto até que na quinta-feira aconteceu o nosso primeiro beijo!
Nas nuvens!
Estava andando nas nuvens!!!!!!!!!
Em poucos dias vivemos muitíssimas coisas!
Peregrinação nos bares da cidade... Andar de mãos dadas no meio da rua... Nos beijarmos tranquilamente... Sair com os amigos... Dormir abraçados no sofá do restaurante do Hilton! Cinema... Por do sol na estação... Jantar no Roxy... Tarde na sua casa... Beijos, abraços e mais beijos! Longas conversas no telefone... Até servimos de exemplo para os outros!
Hoje, posso dizer exatamente o contrário do que disse no meu primeiro post nesse blog...
Hoje não tenho dúvidas de que fiz a escolha certa... Não tenho dúvidas sobre o que eu quero...
Lembro dos beijos que te dei... Dos lugares que fomos... Dos "eu te adoro", significando exatamente isso...
Dos "eu estou completamente apaixonado por ti", estando, de fato, apaixonado por ti!
Dos "oi" repletos de felicidade e dos "tchau" com verdadeiro pesar.
Da saudade gostosa que dá, quando não estamos juntos, mas sabendo que nos veremos logo!
Não consigo parar de pensar em ti!
Quando estamos juntos o tempo para.
Somos só eu e você.
Quero cuidar de ti.
Te amar.
Obrigado por teres entrado na minha vida e me mostrar o verdadeiro significado da felicidade!
Te adoro!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Olá, tudo bem?

Fui atingido pela flechada do cupido...
Até rimou!
Estou feliz e pronto.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Vida HDMI

Quero postar, porém não faço ideia do que postar...
Estou devendo alguns diários de bordo, mas estou sem saco pra postar isso.
Calma! As reuniões do GTU estão fodásticas!
Postar...
Postar que provavelmente estou em depressão?
Pode ser...
Postar que mais uma vez meu coração está ferido e sangrando?
Pode ser...
Postar que conheci e descobri gente magnifica que estava do meu lado e não via?
Pode ser...
Postar que me apaixonei cegamente pela unica pessoa que não poderia?
Pode ser...
Postar que tenho tido pensamentos estranhos ultimamente? (entendam como quiserem)
Pode ser...
Postar sobre como pode ser irritante encontrar tintol em cima da hr de uma apresentação?
Pode ser...
Postar como eu sinto falta de alguem que cuide de mim de verdade?
Pode ser...
Postar sobre os filmes que eu vi?
Pode ser...
Postar sobre os livros que li?
Pode ser...
Postar sobre os personagens que eu to me batendo todo pra aprender interpretar?
Pode ser...
Postar sobre o quanto eu tenho me sentido só esses dias?
Pode ser...
Postar sobre projetos pro futuro?
Pode ser...
Postar sobre postar?
Pode ser...
Postar por postar?
Pode ser...
Postar pra alguem em especial?
Pode ser...
Postar pro publico em geral?
Pode ser...
Postar...
Pra que?
O que importa é que eu comprei uma caixa de mentos e um deles tinha formato de coração, sendo que a casca tava quebrada!

sábado, 18 de setembro de 2010

De novo, outra vez...

Repito: "Não se apaixone por mim"

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

My song

Se tem uma música que eu posso dizer que é minha música, é essa:


Iris - Goo Goo Dolls

And I'd give up forever to touch you
'Cause I know that you feel me somehow
You're the closest to heaven that I'll ever be
And I don't want to go home right now
And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
And sooner or later it's over
I just don't want to miss you tonight

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies
When everything feels like the movies
Yeah you bleed just to know you're alive

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am
And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am

É cafona. É antiga. É a minha vida cantada.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Dienasgrāmata - Diena 16 septembris 2010

Exercício de alongamento fodão proposto pelo Ives.
Adorei!
Me enrolei um pouco para fazer o ultimo alogamento, mas a experiencia valeu muito!
Elástico.
Elástico enrolado...
Elástico solto.
Interessante a experiência de ter um elástico preso na minha cintura.
Achava que ele fosse limitar mais os meus movimentos, mas nem foi tanto assim!
Ensaio da cena "Pane Humana".
Algumas pessoas ainda não tinham decorado as falas.
Fui o Sr. Durand (disque).
Mais uma vez decepcionei o povo.
Não to conseguindo captar o personagem...
Se for pro bem do grupo eu passo a bola pra outro...
Hoje é niver da minha mãe!
Bolo!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

ڈائری -- دن 14 2010 ستمبر

Silmara rules!
Mais uma vez a reunião do GTU foi comandada pela coreógrafa Silmara.
Máquina na diagonal.
Efeito fodão.
Novos movimentos.
Quem pode ver, por estar de fora da máquina, disse que ficou mto firme!
Espetáculo sendo montado!
Grupo de parabens.
Abraços

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Só pra constar...

Terminei de ler "Os sofrimentos do jovem Werther".
Fantástico.
Começei a ler "Os irmãos Karamazov" e estou achando fodástico.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

טאָגבוך - טאָג 9 סעפטעמבער 2010

Relaxamento.
Movimento.
Experimento.
Limpeza das cenas que estavam faltando.
Duran Jr.
Mamãe!!!!!!!!!
Me diga papi...!
Minha!!!!
Minha!!!
Minha!!!!!!!!!!
Eu sou riiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiicoooooooooooooooooooooooo!
Dois atores novos em cena.
Welcome.
Ai meu DEUS do céu.
Inté mais ver.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

دفتر خاطرات -- روز 2010 سپتامبر 8

Esforço e dedicação.
Esforço para estar no horário certo.
Dedicação na realização das propostas.
Cortes.
Muitos cortes.
Uma pena.
Uma pessoa importantissima pra mim foi cortada.
Meu coração quer que ela possa voltar, porém concordo com tudo que foi decidio hoje.
Apresentação da coreografa.
Novas propostas para a máquina.
Diagonal.
Limpeza.
Sincronia.
Peças esforçadas.
Direção diferente hoje, mas perfeita!
Beijos.
Vou cortar meus pulsos ali e já volto.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Aquele beijo

A cruz e a espada - Legião Urbana

Havia um tempo em que eu vivia
Um sentimento quase infantil
Havia o medo e a timidez
Todo um lado que você nunca viu

Agora eu vejo,
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim

E agora eu ando correndo tanto
Procurando aquele novo lugar
Aquela festa o que me resta
Encontrar alguém legal pra ficar

Agora eu vejo,
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim

E agora é tarde, acordo tarde
Do meu lado alguém que eu nem conhecia
Outra criança adulterada
Pelos anos que a pintura escondia

Agora eu vejo,
Aquele beijo era o fim, ah era o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim
E nunca mais, nunca mais, ou...



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Literalmente, aquele beijo foi o começo e o fim...

Into The West

Lay down
Your sweet and weary head
The night is falling
You have come to journey's end
Sleep now
And dream of the ones who came before
They are calling
From across the distant shore

Why do you weep?
What are these tears upon your face?
Soon you will see
All of your fears will pass away
Safe in my arms
You're only sleeping

What can you see
On the horizon?
Why do the white gulls call?
Across the sea
A pale moon rises
The ships have come to carry you home

And all will turn
To silver glass
A light on the water
All souls pass

Hope fades
Into the world of night
Through shadows falling
Out of memory and time
Don't say
We have come now to the end
White shores are calling
You and I will meet again
And you'll be here in my arms
Just sleeping

What can you see

On the horizon?
Why do the white gulls call?
Across the sea
A pale moon rises
The ships have come to carry you home

And all will turn
To silver glass
A light on the water
Grey ships pass into the west

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Pedido

Se voce pudesse fazer um pedido, qualquer que fosse, tendo a certeza de que ele seria realizado, qual seria tal pedido?
O meu seria conseguir esquecer.
Agora eu entendo o que a Desepero falou sobre sempre lembrar de tudo e de todos, quando tecia sua singela homenagem ao senhor dos Sonhos, seu irmão, que havia partido dessa existência.
Agora eu entendo como não conseguir esquecer é ruim.
Agora percebi que esquecer é uma benção!
Quisera eu conseguir esquecer determinadas coisas.
Como eu queria nesse exato instante deletar inúmeros fatos, informações, dados, acontecimentos e, principalmente, pessoas, da minha cabeça.
Como eu queria te esquecer.
Besteira? Talvez...
Parafraseando a Joni Mitchell: Como eu gostaria de te esquecer, pois só assim eu poderia lembrar um pouco de mim.
Esquecer as coisas ruins...
Tem gente que vai dizer que se tenho que esquecer as ruins, tenho que esquecer as boas.
Que assim seja então!
Esquecendo, crio novas possibilidades de viver coisas, tanto boas quanto ruins, que por sua vez seriam esquecidas depois de um tempo!
O ciclo infinito!
Infinito enquanto dura, pois a Morte é limite de tudo. A divisora.
Por isso digo que meu pedido seria esquecer!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Só pra constar...

Estou lendo "Os sofrimentos do jovem Werther" do Johann Wolfgang von Goethe.













Sem palavras...
Vários tapas na cara...
Estou sem defesas...
Me sentindo só...
Fraco...
Amando quem não devo...

Dagboek - Dag 31 Augustus 2010

Máquina!!!
Ela esta de volta!!
A máquina voltou com a corda toda! Ela até anda...!
Vamos para a escola!
Todo o grupo sentado fazendo uma prova de 350 questões.
Marcações.
Cena montada e pronta!
Reunião do GTU hj foi fodastica!

domingo, 22 de agosto de 2010

Alvo

Bang bang, he shot me down
Bang bang, I hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, my baby shot me down

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ความรัก

All I Want...


I am on a LONELY road and I am traveling
traveling, traveling, traveling
Looking for something, what can it be?
Oh I HATE you some, I Hate you some
I LOVE YOU some
I LOVE YOU when I FORGET about me
I want to be STRONG I want to LAUGH along
I want to BELONG to the living
Alive, alive, I want to get up and jive
I want to wreck my stockings in some juke box dive
Do YOU want- do YOU want- do YOU want
to dance WITH ME baby
do YOU want to take a CHANCE
and maybe find some sweet ROMANCE with ME baby
well come on

All I really really want our love to do
is to bring out the best in ME and in YOU too
All I really really want our love to do
is to bring out the best in ME and in YOU
I want to TALK to YOU, I want to SHAMPOO YOU
I want to RENEW YOU again and again
Applause, applause- Life is our cause
When I think of YOUR kisses
my mind see-SAWS
do YOU see- do YOU see- do YOU see
how YOU HURT ME baby
then I HURT YOU too
then we BOTH get so blue

I am on a LONELY road and I am traveling
looking for the KEY to set ME FREE
Oh the jealousy, the greed it is unraveling
it's the unraveling
and it undoes all the joy the could be
I want to have FUN, I want to SHINE like the sun
I want to BE THE ONE that YOU want to SEE
I want to KNIT YOU a sweater
want to WRITE YOU a LOVE letter
I want to make YOU feel better
I want to make YOU feel free
Want to make YOU feel free
I want to make YOU feel free



 
 
 
 
 
 
 
 
 
Definitely, YOU are in my blood like holy wine...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O único problema é que o YOU nunca vai ler isso, porque sequer sabe da existência disso...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Entendam como quiserem

Lokikirja - Day 17 elokuu 2010

Depois de um longo e tenebroso inverno sem GTU, e, consequentemente, sem diários de bordo, voltamos cuns carilhos.
Semana passada (terça) tivemos uma volta bem tranquila. Alguns exercícios mais lights. Lembranças... Muitas delas... contadas e vividas por todos na sala...
Lembranças que originaram uma nova máquina.
Já na reunião de ontem tivemos que apresentar as nossas cenas.
1- Créu! (meu grupo - cassio, maycon, july, eu, fábio, isabela e dany)
2- Bolo na cara! (haroldo, giovana e - acho eu que o nome do garoto seja esse - diego)
3- Corpo de Cristo! (uma guria gente fina, mas que eu esqueci o nome!)
4- Ela é minha! (o professor da cena da escola, que eu tbm esqueci o nome!)
5- Pronto, é só isso! (fernanda)
6- Novela do Maneco! (gostei pra carilho dessa cena - ed e marylia estão de parabens!)
Inté mais ver

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Bloft

Oh Beth, what can I do?

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Dreams

Sie sagen zu mir

schließ auf diese Tür
Die Neugier wird zum schrei
Was wohl dahinter sei
Hinter dieser Tür steht ein Klavier
Die Tasten sind staubig, die Saiten sind verstimmt

Ele senta no banco, estala os dedos e se põe a tocar.
A poeira levanta aos poucos e vai se dissipando naquele quarto enorme cheio de janelas que iam do chão ao teto.
Era possível ver uma paisagem linda a partir daquele piano.
Uma encosta. O mar ao fundo. As gaivotas voando, atravessando o sol que estava se pondo. Algumas poucas árvores justapostas.
O quarto, apesar de enorme, só tinha o piano, ao centro, e vários quadros nas paredes. O chão era todo quadriculado.
A música começava a se espalhar, primeiro pelo quarto, depois por todo aquele castelo.
Era forte, porém, dava para perceber que ao mesmo tempo era uma música triste.

Sie sagte zu mir

ich bleib immer bei dir
Doch es hatte nur den Schein
Sie spielt für mich allein
Ich goss ihr Blut ins Feuer meiner Wut
Ich verschloss die Tür man fragte nach ihr

Aquela música...
Quantas lembranças ela trazia...
Eles sempre a tocavam juntos...
Mas ela já não estava mais ali...
Ele lembrava de cada detalhe. Seus cabelos ondulados e dourados como o ouro. Sua pele macia branca. Seus olhos castanhos...
Ele lembrava como ela o tratava tão bem...
Ele lembrava como ela o protegera dos outros...
Ela era a única que o entendia...
Acima de tudo, ela era a única que o aceitava como ele era...
Ele não era normal... dentro dele habitava um outro ser... um ser que era mau... que odeia tudo e todos... um ser de uma insanidade gigantesca...
Ele lembrava...
O sangue escorria por suas mãos...
Os olhos dela foram se fechando aos poucos...
Seu corpo estava ficando frio...
Duas lágrimas escorreram de seus olhos...
Ela olhava fixamente para ele...
Não era um olhar de reprovação ou de repreensão...
Era um olhar calmo... de carinho... de ternura...
Ela ainda tentava pronunciar algumas coisas...
O sol já tinha se recolhido...
Nevava bastante naquela noite...

Alle Häuser sind verschneit

Und in den Fenstern Kerzenlicht
Dort liegen sie zu zweit
Und ich
Ich warte nur auf dich

"Eu espero por voce..."
Foram as ultimas palavras dela...
E essas palavras perfuraram, assim como sua faca momentos antes havia sido fincada no coração dela, o seu coração...
Foi então que ele percebeu o que tinha feito...
Foi então que ele percebeu que tudo aquilo fazia parte do plano dela para sua própria libertação...
O ser que morava dentro dele foi completamente destruido pelas palavras que ele acabara de ouvir...
A única pessoa naquele lugar que o compreendia...
No fim das contas só ela o entendera...
A música continuava a ser tocada...
A porta atras dele começa a ser forçada...
Mas ele não para de tocar...
Era chegada a hora...

Ich warte hier

Stirb nicht vor mir

Ele ouve vozes do outro lado da porta, apesar de estar tocando com toda a intensidade...
Ele sentia a fúria nas vozes...

Geöffnet ist die Tür ein wie sie schreien

Ich höre die Mutter flehen der Vater schlägt auf mich ein

Mais algumas batidas e a porta finalmente se abriu...
Ele sequer olhou para trás...
Não parava de tocar o piano...
Ele sabia que era chegada a hora...
Ele não podia parar de tocar...
As pessoas ficaram horrorizadas com aquele ser tocando o piano...
Mas a fúria de alguns era tanta que eles partiram para cima...
Ele podia ouvir o barulho das armas...

Du hast mich

Eles de fato o odiavam...
Ele havia tirado a vida daquela que eles consideravam sagrada...
A pérola daquele reino tinha sido assassinada por ele...
É lógico que eles o odiavam...
Mas ainda assim, ele não parou de tocar...
Ao contrário, apertava cada vez mais fortes nas teclas daquele piano...
Um sorriso lhe veio ao rosto, quando lembrou dela alguns anos antes...

Sah ein Mädchen ein Röslein stehen

Blühte dort in lichten Hönen
So sprach sie ihren Liebsten an
Ob er es ihr steigen kann

Sie will es und so ist es fein
So war es und so wird es immer sein
Sie will es und so ist es Brauch
Was sir will bekommt sie auch

Tiefe Brunnen muß man graben
Wenn man klares Wasser will
Rosenrot oh Rosenrot
Tiefe Wasser sind nicht still

Der Jüngling steigh den Berg mit Qual
Die Aussicht ist ihm sehr egal
Hat das Röslein nur im Sinn
Bringt es seiner Liebsten hin

O sorriso permaneceu mesmo após ele sentir que uma das espadas lhe havia cortado o braço...
Mas ainda assim ele continuava a tocar...
Era seu destino...
Aquela ela a sua hora...
Era chegado o momento...

Die Tränen greiser Kinderschar

Outro corte...
Dessa vez lhe atravessando a barriga...
Ele não para...
Seu sangue começa a escorrer nas brancas teclas do piano...
Ele não para...
Ele começava a delirar...

Mas não parava de tocar o piano...
Ele via um barco pequeno vindo em sua direção...
O barqueiro estava todo encapusado...
Ele lhe estendeu a mão...


Komm in mein Boot

ein Sturm kommt auf
und es wird Nacht

Wo willst du hin
so ganz allein
treibst du davon

Ele ainda não queria ir...
A música ainda não havia acabado...
Ele reune suas forças para continuar tocando...
Mas o barqueiro continua...

Wer hält deine Hand

wenn es dich
nach unten zieht

Ele sente a aguá batendo em suas pernas...
Seia aquilo apenas uma ilusão?
É lógico que sim...
Ele tinha que terminar de tocar a música...
Ele sentira mais uma espada lhe atravessando o corpo...
Estava quase no fim...
Sua missão estava quase concluída...
E o barqueiro continuava...

Komm in mein Boot

die Sehnsucht wird
der Steuermann

Komm in mein Boot
der beste Seemann
war doch ich

Jetzt stehst du da an der Laterne
hast Tränen im Gesicht
das Feuer nimmst du von der Kerze
die Zeit steht still und es wird Herbst

Seus dedos começavam as falhar...
Faltavam apenas algumas poucas notas...
Seu olhar já demonstrava a total ausência de vida...
Seu olhar estava profundo e direcionado ao vazio...
As pessoas estavam horrorizadas...
Como aquela aberração ainda continuava a tocar?
A ultima nota...
Seu dedo trêmulo segue em direção a ela...
Sua força se acabara...
A última tecla é, finalmente pressionada...
Ele finalmente segura a mão do barqueiro...

am Ende bleib ich doch alleine

die Zeit steht still
und mir ist kalt

Frio...
Tudo acabado...
Missão cumprida...
Frio...
No fim só restava a solidão ele dizia ao barqueiro...
Será mesmo? Questiona aquele que agora lhe conduzia por um mar sem fim e completamente envolto por uma densa névoa.
O barco para...
Ele sente seu coração bater mais e mais forte...
Ele levanta a cabeça e olha...
Era a encosta...
O castelo...
O dia estava amanhecendo...
As gaivotas voavam...
E sua amada o esperava de braços abertos...

Sie leben hinterm Sonnenschein

getrennt von uns unendlich weit
sie müssen sich an Sterne krallen (ganz fest)

Fim

















Ps.: É isso que dá ficar escutando Rammstein

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Home Theater

Era uma vez um "Era uma vez", que sequer chegou a ser um "Era uma vez"...
As 23:30 de um dia qualquer, de um mês qualquer, de um ano qualquer, em um lugar qualquer que fica dentro da terceira rocha partindo do sol. Aquele garoto era especial. Todos sabiam e diziam isso desde que ele surgira naquele lugar qualquer. Ele fora amado e protegido por todos. A medida que ia crescendo ele começava a sentir que, de fato, ele era especial. Ele sabia, lá no fundo, que ele não era como as outras pessoas. Ele era carinhoso. Não gostava nem nunca gostou de violência, apesar de de vez em quando não conseguir controlar seus impetos mais profundos. Ele sempre via o melhor das pessoas. Não tinha a capacidade de ver mau nelas. Para ele todos eram bons até que se provasse o contrário. Por causa disso ele acabou sendo aprisionado pelos que estavam a sua volta.
- Mãe, posso ir brincar?
- Não! O lado de fora é perigoso. Eles vão te pegar. Eles vão te maltratar. Aqui dentro voce está protegido. Lá fora não tem nada pra voce.
Aquela prisão era sufocante. Ele via as outras pessoas passando por uma janela. Ele tentava manter contato, mas ninguem ouvia. Seus protetores acabaram extrapolando suas funções e começaram a ser opressores. Mas ainda assim ele não tinha a capacidade de se revoltar. Ao contrário, ele sempre fazia tudo o que lhe era mandado. Sua visão acerca das coisas que estavam além da sua janela gradeada, era ingênua e completamente limitada.
- Mãe, posso ir brincar?
- Já te disse que não! Lá fora é perigoso. Brinca aqui dentro. Aqui voce está seguro. Aqui ninguem vai te fazer mau. Lá fora eles vão te pegar. O velho do saco vai te levar. Voce não deve jamais confiar nas pessoas lá de fora. Eles são perigosos.
As poucas vezes que ele saiu daquele quarto foi para visitar seus protetores mais distantes, que moravam num lugar proximo àquele lugar qualquer.
Um desses protetores o tratava muito bem. Ele gostava da companhia desse, ou melhor, dessa protetora. Certa vez, ela deu o avião de brinquedo que ele tanto sonhava em ter. Todo ultimo primeiro dia daquele grupo de dias, que multiplicados por 4 formavam um bloco com nome estranho, uns com mais dias que os outros, ele ia na casa dessa protetora no ponto central daquele lugar qualquer e passava o dia com ela. Naquela casa moravam ainda outros protetores, uns bem mais velhos, que ele acreditava serem os líderes dos protetores, pois eram tratados por todos os outros com muito respeito, mas moravam também outros protetores mais novos e brincalhões, e ainda tinham outros protetores que, assim como ele, visitavam aquele lugar naquele mesmo dia. Ele não sabia ao certo o porque daquela visita, mas ele gostava de poder sair do quarto de vez em quando e ele gostava mais ainda daquela protetora especial que morava naquele lugar.
- Seja sempre um bom garoto! Ela repetia isso diversas vezes.
Passados alguns conjuntos de blocos com nomes estranhos, sua protetora maior passou a lhe levar pra um lugar grande, com muitas pessoas de vários tamanhos, vestidas com roupas iguais, as quais, ao soar de uma sino, corriam e entravam nuns quartinhos pequenos e se sentavam olhando para frente, onde tinha um ser mais velho que não usava a mesma roupa que eles e que ou falava, ou escrevia com uma pedrinha branca, alguma coisa numa parede verde para que os que estavam sentados escrevessem em pequenos recipientes.
Ele estava assustado. Nunca tinha saído daquele quarto, não para um lugar desses. 
- Não confie em ninguem. Eles são maus.
Ele não entendia o porque de estar sendo levado para aquele lugar. E aquilo se repetia todos os dias. Sua protetora maior ia com ele ate a entrada do quarto que tinham as outras pessoas com roupas inguais e as cadeiras para sentar, lhe dava um beijo na mão ou na testa e falava alguma coisa com a pessoa mais velha que depois ficava sozinha com eles falando um monte de coisas que ele não entendia e escrevendo um monte de coisas na parede verde com a pedrinha branca.
- Mãe, posso ir brincar?
- Não! Lá fora é perigoso. Eles vão te fazer mau. Vai estudar.
Passaram-se mais alguns blocos com nomes engraçados e de repente ele não foi mais levado para aquele lugar. Ele ficava em casa sem saber porque ele não ia mais para aquele lugar. Ele ficou sem ir por um período de um bloco com nome estranho, o que ficava no meio do conjunto de blocos que formavam um todo.
Nesse período, ele começou a ver mais e mais pessoas passando pela sua janela. Ele achava que, assim como ele, aquelas pessoas não precisavam ir para os lugares que normalmente iam nos outros períodos de blocos com nomes estranhos.
Sua vontade de estar do lado de fora aumentava cada vez mais, porém ele sabia que não podia contrariar sua protetora. Algumas vezes ele havia presenciado a ira dela, para com os outros. Ele tinha medo dela, apesar de ver o lado bom que ela tinha.
- Mãe, posso ir brincar?
- Não! Já te disse mil vezes que não. Vai estudar.
Aquele período acabou e ele foi levado novamente para aquele lugar. Ele quase não falava. Sua protetora dizia que ele só deveria falar com a pessoa mais velha que ficava em pé falando ou escrevendo na parede verde. Ele não sabia porque mas obedecia.
Aquele local era misterioso. Tudo funcionava a base de sinos. Tocava um sino e todos entravam nos quartinhos. Tocava mais uma vez e a pessoa mais velha saia e entrava outra no lugar e falava de outras coisas. Tocava mais uma vez e todos saiam. Ficavam correndo feito loucos pelos corredores daquele local grande e carregando umas malinhas coloridas cheias de comidas. Ele tinha uma também. Ele queria correr também, mas não podia. Sua protetora havia lhe dito que era pra ele se comportar para que ele não se sujasse. Tocava mais um sino e todos voltavam pro quartinho e entrava mais uma pessoa mais velha e já falava outras coisas diferentes das duas outras que havia entrado antes. Mais uma vez tocava e mais uma troca acontecia. Tocava uma ultima vez e todos iam embora, na maioria da vezes com seus dois protetores maiores.
- Mãe, eu quero essa!
- Não. Voce quer essa aqui e está acabado.
Aquilo tudo era muito estranho. Ele tinha um protetor maior, mas que ele via bem pouco. Ele não entendia direito porque sua protetora não morava com ele. Era mais estranho ainda pelo fato de que seus dois protetores maiores se davam bem...
- Mãe, posso ir brincar?
- Não.
Passados mais alguns períodos com nomes estranhos, a protetora que ele sempre visitava conversou com sua protetora maior e depois dessa conversa ele foi morar naquele lugar no centro do lugar qualquer. Parece que o protetor mais velho tinha ido fazer uma viagem para um lugar muito distante e todos os que moravam naquele lugar estavam tristes, principalmente a protetora que ele gostava e a protetora mais velha.
Ele não sabia porque ele tinha que ir, mas como ele gostava daquela protetora ele ficou feliz em ir.
Diferente do lugar onde ele ficava antes, aquele novo lugar era mais agitado. Ficava no centro daquele lugar qualquer. Na frente daquele lugar tinha uma rua muito movimentada. Carros passando a todo instante. Ele quase nçao tinha como ver pessoas passando e quando via elas passavam bem rápido, como se estivessem atrasadas.
Sua nova protetora maior lhe tratava muito bem. Ela só ficava zangada quando ele não queria estudar. Mas ele acabou gostando de morar lá.
- Tia, posso ir brincar?
- Só depois de estudar.
Sua nova protetora lhe levava para passear. Eles iam, no periodo que não tinha que ir pro local onde tocava os sinos, para um lugar que tinha água, muita água e elas faziam barulho quando caiam na terra. As vezes eles iam para um lugar que a água era marrom e com gosto estranho e outras vezes iam para onde ela era azul e salgada.
Era muito divertido. No final do período de 12 blocos com nomes estranhos ela montava uma árvore que ia até o teto e colocava um monte de enfeites nela e na base colocava vários presentes que só podiam ser abertos entre um dia e outro perto do final desse último bloco de nome estranho. E nessa mesma virada de dias eles faziam uma oração e comiam bastante. No último dia desse último bloco de nome estranho eles também faziam isso, só que no lugar de presentes, soltavam foguetes e desejavam um feliz novo período de 12 blocos com nomes estranhos.
Ele ficou naquele lugar por vários períodos com 12 blocos de nomes etranhos até que seu contato com seu protetor aumentou e com ele foi morar. Ainda que estivesse morando com seu protetor ele não deixava de ir pra casa das suas duas protetoras.
No período que ele ficou na casa da sua segunda protetora ele pode ver como as pessoas eram boas! Ele estava feliz e não tinha medo dos outros. Sempre amável com todos. Não brigava. Não discutia. Não retrucava. Mesmo quando já estava maior que sua protetora ele não brigava. Diferente da primeira, por quem ele tinha medo, a segunda ele tinha uma enorme admiração e respeito. Não que ele não amasse a primeira, mas a relação dele com a segunda foi mais intensa.
No periodo que ele ficou com seu protetor as coisas ficaram tensas. Ele estava descobrindo muita coisa dentro de si. Ele teve a certeza que não era como as outras pessoas. Ele confiava em todo mundo. Gostava de todo mundo. Coisas estranhas estavam acontecendo. Ele começou a sentir coisas que ele não sentia antes. Era tudo muito novo. Ele sentiu ódio pela primeira vez. Ele viu o mau nas pessoas pela primeira vez. Algumas pessoas se aproveitaram da sua bondade e o usaram até não poder mais. Ele ficou só. Ele ficou com medo. O periodo de ir pro local com sinos havia acabado. Ele tinha que fazer um teste. Não sabia ao certo o porque e pra que, mas ele tinha que fazer.
- Quero fazer prova pra ser aquela pessoa que é ela mas ao mesmo tempo pode ser um monte de outras pessoas e que fica em cima de um lugar com madeira e que fala para outras pessoas que estão sentadas e que se veste com várias roupas e se maqueia e no fim de tudo faz reverência pros que estão sentados, que por sua vez levantam e batem a mão direita na mão esquerda.
- Não! Voce vai fazer prova pra ser aquela pessoa que senta no meio e fica ouvindo as pessoas que estão sentadas nas pontas se acusando e no fim vai decidir qual delas está certa. Aquela que analisa um monte de papel e que desconsidera tudo, até a verdade, se ela não estiver escrita no papel. Aquela que vai decidir por sua íntima convicção mas que pode tender para um dos lados dependendo das pressões externas e que pode ser contrário ao que voce acredita por causa disso.
Todos diziam a mesma coisa. Eles deviam estar certos afinal. Ele fez a dita prova. Passou de primeira. Passou o equivalente a 5 vezes o período de 12 blocos com nomes estranhos sentado fingindo que estava gostando do que a pessoa mais velha que ficava em pé escrevendo na parede, agora branca, dizia.
Nesse tempo ele se sentia frustrado. Não estava feliz. As pessoas entravam em sua vida e saiam arrancando pedaços. Ele se decepcionou tantas vezes que passou a viver num mundo paralelo onde, nesse mundo, ele podia amar e ser amado, ele podia acreditar nas pessoas, podia acreditar que podia fazer o que queria e ser feliz. Nesse tempo a sua segunda protetora também teve que fazer a viagem para o lugar distante. O chão dele terminou de ruir. Seu único porto seguro estava longe. Ele se fechou mais ainda no seu mundo particular.
Nesse tempo ele também amou alguem, e, pra variar, se decepcionou. Esse alguem pisou nele até não poder mais. Ele ficou completamente destruido. Seu mundo particular estava finalmente lacrado. A única parte que faltava entrar nesse mundo, o seu coração, finalmente cedeu e ele se trancou lá dentro. Uma barreira gigantesca foi criada. Gigantesca para que ele que estava dentro não pudesse voltar pra fora e pros que estavam fora não pudessem pular pra dentro. No fim das contas sua primeira protetora estava certa. Do lado de fora era perigoso. As pessoas iam machucá-lo, como de fato fizeram. Do lado de dentro é seguro. O preço que ele pagou por se fechar tanto assim foi altíssimo, mas, na cabeça dele, a dor que ele sofreu do lado de fora foi tão grande quanto o preço que ele teve que pagar. Valia a pena.
Agora ele está preso lá dentro e ninguem conseguiu tirá-lo de lá.
- Mãe, não quero mais brincar...



 

quarta-feira, 30 de junho de 2010

航海日誌の日 - 6月29、2010

Reunião do GTU ontem...
Ainda de boca aberta...
Pela primeira vez devo confessar que senti um pouco de tensão e medo...
Muitos erros...
Falas não decoradas...
Cenas cortadas de ultima hora...
Erros nos movimentos...
Coisa bem ralentada, como disse o Nilton ou Cézar, ou Nilton Cézar!
Mas WHATEVER...
Hoje tenho prova da Valéria...
Hoje eu fico desempregado...
Minha vida vai, mais uma vez, virar do avesso...
Não posso me dar ao luxo de me preocupar com os erros dos outros...
Tenho que fazer a minha parte...
Só espero ainda ter um resto de sanidade até o final do dia...
Tenho borboletas no estômago...
O sangue ta fervendo...
Nó na garganta...
Quero que o dia acabe logo...
Uma coisa que gostei bastante ontem foi do efeito causado pelas lanternas!
Acho que foi uma ótima cartada da equipe diretora.
...
Inté

domingo, 27 de junho de 2010

Sanidade

Correrei atrás do avião

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Дневник - День 24 июня 2010

Reunião do GTU ontem foi no mesmo rítimo da anterior.
Algumas arrumações.
Algumas experiências bem sucedidas com luzes.
Reptimos as cenas.
Reunião tranquila.
Figurinos em sua maioria.
Meu guarda chuva terminou de desmontar ontem.
Esse fds eu vou colocar as coisas nos seus devidos eixos.













Gente, sinceramente eu estou esgotado.
Tanto fisicamente, quanto psicologicamente.
É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo.
Tenho medo de não conseguir dar conta.
To remando contra a maré.
Não to conseguindo dormir direito.
Não estou conseguindo relaxar.
E o pior de tudo é que eu não estou conseguindo me divertir com o que eu estou fazendo.
Em uma conversa com um amigo do técnico, batemos muito nesse ponto: "Precisamos, acima de tudo, nos divertir com o que estamos fazendo". Voltei a me cobrar demais. Acho que é pq ta tudo acontecendo num rítimo muito acelerado na minha vida. Quero que esse semestre acabe logo. Minha dermatite está de volta. Basta olhar o meu rosto. Ela é visível.
Quero poder dormir em paz uma única noite pelo menos.
Preciso recuperar minhas energias.
Já vai começar julho...
Julho...
Pra muitos uma benção...
Pra mim, ainda não sei...
Abraço pra quem ta lendo.
Se der, me ajudem!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Vontade!

Estava com uma vontade enorme de escrever hoje...
Sabe o que eu fiz?
Comi biscoito Maizena e bebi suco de uva...
A vontade passou...

Planos para julho:
1- Comprar uma armadura estilo Iron Man, porque a coisa lá em casa vai ficar MUITO tensa!
2- Estudar. Ainda não sei bem o que, mas estudarei...
3- Escrever.
4- E o mais importante de todos: seguir o exemplo da minha amiga Leila e fazer cooper na Pedro Alvares Cabral TODO dia, durante a noite, com o Daniel, porque somos desbravadores e destemidos!

Logbuch - Tag 23. juni 2010

Reunião extraordinária do GTU ontem.
Tendo em vista eventos passados que impossibilitaram algumas reuniões, ontem tivemos uma reunião extra e semana que vem também teremos.
No caso da reunião de ontem, ensaiamos as quatro cenas clássicas (família, escola, igreja e banco) exatamente da forma improvisada como as fizemos antes.
Algumas dicas para cada grupo.
Dessa vez fiquei na cena da igreja, eis que vários dos integrantes da referida cena faltaram.
Devo dizer que a experiência foi muito válida. Pessoas diferentes com pensamentos diferentes!
Valeu a pena!
Ainda mais pelo fato de que entramos em acordo logo no começo e mudamos algumas coisas na cena, que, a meu ver, fizeram com que ela ficasse mais bacana.
Gostei de trabalhar com esse grupo!
Em relação as demais cenas, vimos que a da escola já está bem engrenada. A do banco conseguiu entrar num rítimo mais concatenado e foi bastante divertido de assistir o que o grupo preparou. A da família ainda ta meio perdida, mas acho que em breve chegarão num ponto, principalmente pelo fato de que ontem mesmo, ao final da reunião, eles já estavam caminhando juntos numa mesma direção.
Fui com meu figurino e depois ainda desfilei com ele pelo Mall com a Sandy.
Hoje tem GTU de novo.
Até mais ver.


Continuo colocando os cartazes no post anterior.
Acho que essa discussão sobre qual cartaz é o melhor, é o fim da picada... Egos inflando...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Mudança de design

tive de mudar o blog...
sabe aquela sensação de quando andamos na rua e vemos alguem com uma roupa igual a nossa?
poisé! vi um blog com o mesmo formato que o meu e resolvi mudar pra não ficar parecendo cópia.
um dia eu aprendo a editar esse treco aqui direito ai faço um único!
se possível, deixem opiniões que ai vou mudando aqui.
abração pra voces e até mais

Diarrió di Bordó - 22 juin 2010

Reunião do GTU ontem foi tranquila.
Ensaiamos a 2ª cena e depois a 1ª e a 2ª juntas.
Nada de muito novo a ser comentado.
Estou gostando muito de ver o espetáculo ser montado.
A máquina ganhou vida.
Ontem, pelo menos de minha parte, não teve cansaço, nem falta de ar, nem estresse e nem nervosismo.
Os movimentos já estão alocados no meu cérebro e dele dificilmente saem.
Não tenho falas, o que facilita demais a atuação.
Só posso dizer que estou tendo milhões de orgásmos em participar desse grupo tão bacana.
Não sei quem lê esse blog (só tenho uma pequene ideia, num todo de 57 pessoas), mas acho que todos estão de parabens. Tanto a equipe diretora quanto os atores.
Só uma coisa que me veio à cabeça agora: não gostei da forma como a Hilssy tratou a gente ontem. Explicando: nada contra a garota, mas as informações foram meio desencontradas. Nos foi passado uma coisa e ontem nos foi dito, por ela, outra. Entendi que o que ela estava dizendo era só uma proposta, mas pra varia a forma super delicada e educada com a qual foi dito é que não me agradou. Meu figurino já está pronto (tirando o tenis preto que não tenho mais - se alguem tiver um pra emprestar eu agradeço!) e inclusive ontem a Sandy finalmente levou pra reunião, mas como ela chegou super atrasada eu não vesti. Sei das minhas responsabilidades e me esforço ao máximo para cumpri-las no prazo que me é estipulado. In casu, o figurino já está pronto há duas semanas, porém, como as coisas aqui em casa estão tensas, achei melhor deixá-lo na casa da Sandy. Comentei inclusive, em um dos posts anteriores, que a calça que usarei é uma de uns 3 anos atrás que coube em mim novamente (salve teatro me fazendo emagrecer!).
A apresentação já está chegando, mas de um certa forma ainda não consegui me desesperar. Não sei se é pelo fato de que tenho não só essa apresentação, mas também a da oficina (que o texto é enorme!) e a da disciplina da Valéria (história do teatro - baseada na obra Mãe Coragem e Seus Filhos do Brecht), ou ainda se é pela confiança na equipe como um todo (direção e atores) e no meu trabalho até agora.
É isso.
Beijos me liguem.


Queria pedir, para os que leem, e que forem ficar na cidade durante o mês de julho, que me chamem pra fazer alguma coisa. Julho provavelmente será muito apático pra mim (desemprego chegando e férias do teatro). Precisarei ocupar a minha mente e gostaria que fosse com algo útil!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Máquina!

A máquina ganha vida!!!!!
Estamos no mundo mágico de Oz, caminhamos pela estrada de tijolos amarelos, enfrentamos bruxas, corremos perigos, nos desentendemos, nos estressamos, nos amamos, nos ajudamos e, agora, os que não tinham coração, estão ganhando um bem forte, os que não tinham coragem, estão sendo verdadeiros leões, enfrentando seus próprios medos e inimigos e os que não tinham cérebro passaram a racionar e ver o mundo com outros olhos.
O grande mágico de Oz aos poucos foi dando vida à Máquina.
Eis que vos apresento:


Vou colocar aqui todos os cartazes que me mandarem!

domingo, 20 de junho de 2010

Devaneios

No meio do caminho tinha uma pedra...
Tinha uma pedra no meio do caminho...
Pequenas coisas ganham uma proporção enorme...
Coisas enormes perdendo completamente seu signifcado...
Os pedaços, antes bastante danificados pelo tempo e pelo último baque, começaram a se juntar...
A cola invisível ligava cada caco que estava espalhado...
As aranhas e as lagartas ajudavam produzindo o fio da mais pura seda...
Quando todos, menos o último pedaço, finalmente estavam juntos...
No meio do caminho tinha uma pedra...
Tinha uma pedra no meio do caminho...
O último pedaço não pode ser juntado...
Talvez ele tenha criado vontade própria...
Ele queria ficar com a pedra...
A força que ele fez no fio de seda foi tão grande que os outros pedaços vieram ao chão...
A pedra na qual o ultimo pedaço se segurava rachou...
Os cacos estavam novamente espalhados...
A pedra já não mais existia...
O último pedaço correu o mais rápido que podia...
Ele sabia que tinha destruído as demais peças...
E ele sabia que tinha feito isso por sua própria vontade...
A dor era demais para ele, coitado...
Corria...
Corria...
Corria...
Tinha medo de olhar para trás...
Seu corpo estava cansado de tanto correr...
E o esforço que ele fazia era maior do que imaginava que seria...
Quando ele finalmente parou e olhou para trás, viu que os outros pedaços estavam bem próximo, pois haviam sido arrastado por ele graças aos pequenos fios de seda que ligavam todos...
Querendo reprara seu erro, um a um, ele foi colocando em seu devido lugar...
No fim, só restava o seu próprio lugar, lá no topo...
Ele escalou e lá se posicionou...
Os pedaços finalmente estavam juntos...

Mas é lógico que isso é um conto de fadas...
Na real dinâmica dos fatos aconteceu o seguinte:
No meio do caminho tinha uma pedra...
Tinha uma pedra no meio do caminho...

E eles viveram felizes para sempre...
Sendo que o sempre, sempre acaba...
E a felicidade nada mais é do que um doce devaneio de um ser humano ensandecido por sua própria loucura...

Revolução

Revolução pela vertical, raio laser matando índios...












Homenagem!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Próximo

Saramago morreu...
Próximo!






O cara era um gênio, mas ainda assim: Próximo!

Diário de bordo - Dia 17 de junho de 2010

Cena nº 1:

Musiquinha bonitinha!
Trabalhadores esperando com cara de pão velho...
Coro com mais uma musiquinha bonitinha!
Portões da fábrica se abrem...
Peça modelo entra primeiro e começa a movimentar a engrenagem...
Demais peças começam a entrar e completar a engrenagem...
Máquina começa a se movimentar...
Os movimentos precisos da máquina acabam por engolir os cantores...
Máquina passa por eles e os sai levando sem dó nem piedade...
Eles protestam ao vento, sem entender o que está acontecendo...
A máquina retorna e mais uma vez atropela o coro e os cantores...
Coro se transforma em peças, porém defeituosas, que entram na máquina e tantam atrapalhar o perfeito funcionamento da engrenagem...
Os técnicos são acionados para arrumar o problema...
Os técnicos falham e a gerente briga...
O dono da fábrica, por sua vez, chama a atenção da gerente, pois a máquina simplesmente foi desligada e ele estava deixando de ganhar dinheiro por isso...
Ele ordena que a máquina seja ligada...
A gerente obedece e manda a máquina voltar a funcionar...
Até as peças defeituosas trabalham com medo...

FIM












A reunião do GTU de ontem foi isso...
Ensaiamos a primeira cena do espetáculo.
Minha avaliação é positiva.
Já tinha em mente que seria isso mesmo.
Muito esforço de todos.
Esgotamento físico.
Resultados!
Sim! Resultados!
Acredito que o mais importante nisso tudo foi verificar a evolução individual de cada um dos integrantes do grupo!
Todos estão de parabéns na minha opinião.
Quando acabou a reunião passei mal...
Já estava com sinusite e rinite...
Não estava conseguindo respirar direito...
Excedi meus limites, mas tais limites estavam comprometidos por causa das "ites" que eu tinha ontem.
Digo que se não fosse por elas, as "ites", teria feito todos os movimentos ainda mais algumas vezes, tranquilamente!
Digo ainda, que me senti meio mal por não mais ser peça defeituosa e virar peça normal...
Sei lá... mas deixa quieto...
Beijos...
Até mais...

terça-feira, 15 de junho de 2010

A Man Walks Into a Bar

A man walks into a bar

orders a beer and a bowl of peanuts
but the bar turns into a spaceship
and the bartender gives him a hair cut
i cant remember the end of that joke
you once told it to me when we smoked
on your fathers expensive cigars
all i remember is the part of a man walking into a bar

How many lovers does it take
to put a light bulb into a socket?
Why did Mona Lisa smile?
I have the answer written down in my pocket.
I just remember I laughed til i cried
because you told it with your funny voice
your southern dialect makes me rejoice
those special times we had
when love was just a silly gag

I know why Mona Lisa smiled
Da Vinci must have been a really funny guy
and laughter is the only way into my heart
I know why Mona Lisa smiled
Da Vinci must have been a really funny guy
and laughter is the only way into my heart

Summer night on a gravel road
you told me about your childhood friend Veronica
who was claimed to have swallowed a toad
and i picked up my harmonica

I know why Mona Lisa smiled
Da Vinci must have been a really funny guy
and laughter is the only way into my heart
I know why Mona Lisa smiled
Da Vinci must have been a really funny guy
and laughter is the only way into my heart

A man walks into a bar
orders a scotch and a bottle of coke
but the laughter is gone in his heart
you never told me the end of the joke..

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Viciado em Jens Lekman...

domingo, 13 de junho de 2010

Jens Lekman's Farewell Song To Rocky Dennis

Early September and the kids start school

Leaves are floating in the swimming pool
I wish I had a proper reason to cry
A reason not so abstract
More like a broken clause in a contract

All those things your'e supposed to do
I could have done them if I had you
You could have made me a righteous citizen
I could have made all those right decisions

But now I don't know who my friend is
Can you tell me Rocky Dennis
Now I don't know who my friend is
Can you tell me Rocky Dennis

Mama told me I was born a lion
Mama told me I was born with a belly to lie on
Mama told me I was born a liar
Mama told me I was born with a heart to rely on

But now I don't know who my friend is
Can you tell me Rocky Dennis
Now I don't know who my friend is
Can you tell me Rocky Dennis

Can you tell me, can you tell me tonight ooohohh ohooo
Oooh tonight
Can you tell me toniiight

I know

I know why Mona Lisa smiled...














...Da Vinci must have been a really funny guy
and laughter is the only way into my heart...

Só pra constar...

Ainda consigo me surpreender com a minha idiotice...

Ainda não me toquei de que tenho que ficar SÓ...

Essa foi a minha escolha tempos atrás...

Mas, mais uma vez, fui teimoso e "deixei acontecer" só pra, mais uma vez, sair ferido...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Diálogo

Hazel: Posso fazer uma pergunta boba?


Morte: Claro, manda.

Hazel: É mais de uma pergunta. Olha... hã... Por que a gente sofre? Por que morremos? Por que a vida não é sempre boa? Por que não é justa?

Morte: Essas não são perguntas idiotas, Hazel. Para algumas pessoas, são as únicas que importam.

Hazel: Significa que não vai responder?

Morte: Claro que vou. Mas é um assunto muito amplo, e há várias respostas. E as respostas não significam nada... Não são perguntas idiotas, mas é como perguntar: 'Quando é roxo?' ou 'Por que a quinta-feira?', se é que me entende...

Hazel: Não muito.

Morte: Bem. Acho que, em parte, tem a ver com contrastes. Luz e Sombra. Se você nunca viver dias ruins, como vai saber se viveu dias bons?

Morte: Mas em parte é só o seguinte: Se você vai ser humano, tem um monte de coisas que vem junto. Olhos, coração, dias e vida.

Morte: Mas são os momentos que iluminam tudo. As vezes que você nem percebe quando está vivendo... É isso que faz o resto ser importante."

Brief Lives

Tenho lido tanta coisa ultimamente...
Dentre as quais cito: Vidas Breves (Sandman-Neil Gaiman), Despertar (Sandman-Neil Gaiman), Fábulas e Reflexões (Sandman-Neil Gaiman), Um Jogo de Você (Sandman-Neil Gaiman), Fim dos Tempos (Sandman-Neil Gaiman), Prelúdios e Noturnos (Sandman-Neil Gaiman), Morte: O alto Preço da Vida (Morte-Neil Gaiman), Morte: O Grande Momento da Vida (Morte-Neil Gaiman), Morte: Falando Sobre a Vida (Morte-Neil Gaiman), Mistérios Divinos (Neil Gaiman), The Haiku Anthology, A Lição (Eugene Ionesco), As Cadeiras (Eugene Ionesco), Cantora Careca (Ionesco), Primeiro Amor (Samuel Beckett), Elas Gostam de Apanhar (Nelson Rodrigues), Mãe Coragem e Seus Filhos (Brecht)...
Cada um desses livros acrescentou algo novo na minha vida...
Sendo muito sincero, digo que os primeiros (Neil Gaiman) foram os mais significativos pra mim. Acredito que seja pela temática...
Engraçado que cada vez que eu leio os livros referentes a Morte (ver post abaixo) eu tenho mais vontade de viver!
Cada vez mais percebo que a vida é breve (Brief Lives) e devemos aproveitar a cada instante.
Percebo que tudo acontece por um motivo...
Que o acaso, só é acaso para quem não acredita...
Que o destino existe, e, assim como no jardim do Destino (post abaixo), à nossa frente temos milhões de caminhos, mas atrás de nós temos um só caminho: o que foi percorrido.
Que sonhar faz bem, mas temos de ter cuidado com os nossos sonhos... Eles são voláteis e inconstantes e podem nos levar a um estado de inércia, ou até mesmo nos consumir por completo. Todavia, é por meio dos sonhos que a realida fica mais suportavel.
Que destruir nem sempre é para o mal. Pro novo ser criado, o antigo deve ser destriudo.
Que o desejo é insaciável. Quanto mais temos, mais desejamos.
Que de vez em quando somos vigiados pelos espelhos da Desespero (post abaixo). Momentos em que o nosso chão parece não existir. Que o porto seguro começa a ruir. Que parece que tudo tá dando errado. Porém, assim como todos os outros citados, Desespero é apenas um estado. Passa.
Que as vezes precisamos ser loucos para nos tornar-mos sãos. Que o(a) Delírio nada mais é do que o nosso interior se exteriorizando. Que as vezes o Deleite (post abaixo), de tão entorpecente e viciante, acaba se tornando Delírio.
E, por fim, que a Morte não deve ser vista como uma coisa ruim. Bem verdade que ela é a última barreira a ser quebrada, mas para que haja vida, necessária se faz a Morte.
Como uma moeda, que tem dois lados, a Morte e Vida são exatamente a mesma coisa, só que com duas faces.
Viver muito não significa viver bem...
Tanto faz viver 100 anos ou apenas 20. Todos vivem exatamente a mesma coisa: "uma vida inteira".












Em relação ao dia de ontem digo que preciso realmente me controlar.
Minhas emoções estão me prejudicando.
A carga repreendida ao longo desses meses está se manifestando no meu corpo.
Estou emagrecendo, pq não tenho vontade de comer. Minha dermatite tem vindo cada vez mais forte.
Ontem eu tava tão nervoso com a chegada do horário do GTU (pelo fato de não saber mais onde eu ficaria dentro dos blocos), que até febre eu tive...
"Melhor não ir..."
Pensei e foi exatamente o que eu fiz.
Não fui ao GTU, apesar de estar na escola.
E, pela primeira vez, mesmo vendo o pessoal ensaiando, não tive vontade de estar lá.
Esperei a oficina de interpretação da Olinda/Marluce.
No começo da oficina eu ainda tava completamente desnorteado.
Improvisação...
Grupos de 4 pessoas. Cada um faria um movimento completamente improvisado.
Meu grupo conseguiu criar uma cena com tais movimentos, sendo que nenhum chegou a sequer ver o que o outro tinha feito.
O poder de percepção da Marluce é gigantesco...
No meio dos movimentos ela visualizou uma cena e depois organizou a mesma. Um a um ela mandou que repetíssemos os movimentos, e, no final, nós que tinhamos feito, visualizamos a cena criada inconcientemente!
Depois mais improvisação, só que dessa vez deveriamos reagir ao cenário.
Os mesmos grupos de 4 pessoas, sendo que cada grupo montou o cenário de um outro grupo.
Muito interessante.
Piscinas, praias, cemitérios, passarelas e por ai vai.
Tudo terminou com um bate papo sobre a nossa montagem pro mês de julho.
Nessa hora eu ja tinha esquecido completamente tudo o que estava/está acontecendo comigo. Tinha saído do meu corpo. Ri muito. Ri como uma criança. Ri com gosto. Ri como há tempos não ria.
Estava feliz. A febre já até tinha passado. Consegui em dois minutos decidir que personagem farei pra nossa montagem, assim como já tracei, na minha cabeça, como vai ser o monólogo!
Me senti vivo!
Queria que elas lessem isso, pois vou terminar o post de hoje assim:
Muito obrigado por me fazerem sentir que eu estou vivo!
Muito obrigado por me conduzirem maestralmente e por me fazer finalmente perceber que eu consigo criar alguma coisa, criar uma vida, criar personagens!!
Muito obrigado mesmo!
Cada dia que passa, penso menos em deisistir do técnico!
Sei das minhas limitações, extremamente expostas esses últimos dias, mas sei que com o tempo elas serão vencidas. Sei que fui com muita sede ao pote. Sei que meu maior inimigo sou eu mesmo. Eu mesmo me saboto. Eu me cobro demais. Tempo... Vamos ver... Vou aprender a lidar com isso! Sempre aprendi! Pode demorar um pouco. Pode ser que eu tome um caminho mais longo para esse fim. Pode ser que eu ainda tenha que pegar mais umas porradas pra aprender, mas no final, tudo vai ficar bem!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

The Endless...


 
Eles são seres que não são deuses, que existiam antes da humanidade sonhar com deuses e existirão depois que o último deus estiver morto.
Os 7 perpétuos são deuses entidades além, responsáveis pelo ordenamento da realidade conhecida. Só sua existência mantém coeso o universo físico e todos os seres vivos.

São eles: Destino, Morte, Sonho, Destruição, as gêmeas Desejo e Desespero e Delírio, que é a mais nova e que um dia já foi Deleite.
São sete seres que existem, por que, no fundo de nossos corações, sabemos que eles existem.
Eles são a personificação das forças primárias e essenciais que fazem parte de todo ser.



Destino:
Destino é o mais velho dos Perpétuos.
Ele se veste com um manto monástico e é o mais alto de todos os perpétuos. Destino não projeta sombra nem deixa marcas de pegadas. Destino é acorrentado a um livro onde estão escritas todas as coisas, tanto as que já aconteceram, quanto as que ainda estão por acontecer.
Quando só existia a escuridão, antes que a luz surgisse, Destino nasceu e começou a escrever em seu livro.

Em seu reino particular Destino costuma passear por um jardim, onde, sempre no ponto em que ele se encontra, podem ser vistas várias trilhas por onde ele poderá seguir, mas sempre apenas uma por onde ele veio.



Morte:
É a segunda irmã mais velha dos Perpétuos sendo mais nova apenas que Destino. Morte se encontra com cada ser vivente duas vezes em sua vida: no nascimento, e na morte. Ela está fadada a ser o último ser a existir.

Uma vez a cada cem anos ela passa um dia como mortal ao fim do qual ela inevitavelmente morre, para ter melhor compreensão da sua missão.
Morte parece sempre ser o perpétuo mais otimista e bem humorado  ao contrário de seu irmão mais novo, Sonho, sempre mórbido e melancólico. Ela sempre se veste com roupas góticas e carrega um colar na forma de Ankh, ironicamente o símbolo egípcio da vida. Tem cabelos negros, e pele muito pálida (essa última é característica comum a todos os perpétuos).



Sonho:
É o governante do Sonhar (o mundo dos sonhos) e sua interação com o universo, os homens e outras criaturas.
Sonho é um herói nobre, trágico, no estilo tradicional dos heróis da tragédia grega. Às vezes parece insensível, outras meditativo ou irado, mas invariavelmente melancólico. Já seu lado mais racional está sempre ciente de suas responsabilidades, tanto para com as pessoas comuns, quanto para aqueles de suas terras. Compartilha de uma ligação recíproca de dependência e de confiança com sua irmã mais velha, a Morte. Apesar de obscuro, talvez por ter de conviver com a imaginação e os desejos reprimidos de todos os seres vivos que libertam suas mentes em seu reino, ele se esforça vigorosamente em compreender sua própria natureza e a dos outros perpétuos.
De modo geral, Sandman aparece para cada pessoa como o aspecto mais nobre de sua raça. Como personagem, Sonho é extremamente pálido, tem cabelos negros e se veste geralmente apenas com uma peça de tecido preto enrolada ao corpo.
As mentes de todos os seres vivos estão ligadas ao reino de Morpheus, o Sonhar. É para lá que vão as almas de todos os que dormem e onde são guardadas lembranças e pensamentos da hora do sono. O Sonhar guarda também o mundo imaginário de cada sonhador, várias realidades alternativas e seres imaginários se escondem lá. Sua biblioteca abriga bilhões de livros que nunca foram escritos. Toda a sanidade mental dos seres depende da boa administração desse reino (já que a realidade física do universo e mental dos seres também depende de nada "vazar" de lá para cá)e Sandman executa suas funções de maneira magistral. No sonhar vivem, por exemplo, Caim e Abel. Segundo o próprio Sandman, os deuses são gerados no Sonhar, nascendo como sonhos, e só então assumindo seu papel como divindades.




Destruição:
Extrovertido, está sempre tentando alegrar a todos (o que é exatamente o contrário que se esperaria dele) e com certeza é o mais inocente e otimista, sempre esperando que o bem prevaleça.

Por ordem de nascimento, é o irmão do meio entre os Perpétuos.
É um dos mais poderosos Perpétuos pelo fato de ser imune a qualquer tipo de poder e também por ter a capacidade de destruir qualquer ser.
E ele abandonou suas funções...



Desejo:
É irmão gêmeo de Desespero. Desejo é o mais lascivo e supérfluo dos perpétuos, sempre centrado na auto-satisfação. Seu símbolo na galeria dos outros Perpétuos é um coração de vidro.

Desejo não tem sexo definido, as vezes personificando uma mulher e outras um homem, mas sempre de uma beleza extrema e irreprodutível. Ele exala um odor sutil de pêssegos e sempre projeta duas sombras. Sua pele é pálida - característica comum a todos os perpétuos. Ela está sempre sorrindo cinicamente e fuma muito.
Desejo é o Perpétuo mais cruel e é obcecado em interferir nos assuntos de seus parentes mais velhos, principalmente Sonho.
O reino de Desejo, chamado Limiar é uma estátua colossal com as feições do corpo que estiver usando naquele momento. Este corpo é como uma cidade, e Desejo habita seu coração.
É improvável que qualquer retrato consiga fazer jus a Desejo, pois vê-la (ou vê-lo) seria o mesmo que amá-lo (ou amá-la) - apaixonadamente, dolorosamente, até a exclusão de tudo o mais.

Desejo exala um perfume quase subliminar de pêssegos no verão e projeta duas sombras: uma negra
e de nítidos contornos; a outra sempre ondulante, como neblina no calor.
Desejo sorri em breves lampejos, da mesma forma que o brilho do Sol reluz no gume de uma faca. E há muito, muito mais do gume de uma faca na essência de Desejo.
Jamais a(o) possuída(o), sempre o(a) possuidor(a), com pele tão pálida quanto fumaça, e olhos aguçados como vinho.
Desejo é tudo o que você sempre quis.
Quem quer que seja você.
O que quer que seja você.
Tudo.



Desespero:
Ela é a irmã gêmea de Desejo, apesar de ter uma aparência completamente diferente da dele/dela.
Desespero é muito gorda, tem a pele pálida e escamada e cabelos negros curtos. Ela não usa roupas. Na mão esquerda usa um anel com um gancho engastado, que usa para rasgar a própria pele. Esse é também seu símbolo na galeria dos outros Perpétuos. Seu reino é um espaço cinzento, envolto em névoa branca na qual flutuam incontáveis espelhos. Cada um desses espelhos é idêntico a um espelho que existe na Terra: Desespero os usa para observar as pessoas desesperadas.

Às vezes Desespero age em conjunto com Desejo, quando ambos tramam contra um Perpétuo mais velho. No entanto, ela parece ser mais próximo dos outros Perpétuos do que ele/ela, sendo que as vezes parece ter algum carinho por Delírio e sentir saudades de Destruição. Não fala muito, e parece conseqüentemente bruta, mas durante seu discurso no despertar de Sonho revela sua simpatia e sentimentos por ele.
Porém, essa é a segunda versão da Desespero...



Delírio:
Ela é a mais jovem dos Perpétuos.
Geralmente, Delírio (ou Delirium) é baixa e magra, mas sua aparência muda constantemente, e a forma e contorno de sua sombra não têm necessariamente relação com a do corpo que esteja usando. Diz-se que ela cheira a suor, vinho azedo, noites tardias e couro velho. Ela tem um olho azul e o outro verde, salpicado de estrelas, e desta forma vê o mundo de sua própria e única visão.

Seu reino — cada um dos Perpétuos molda seu domínio de acordo com sua personalidade —, é caótico, um amontoado de cores e formas estranhas que muda o tempo todo, e contém a inscrição Tempus Frangit (em latim, O Tempo Quebra, uma referência ao famoso Tempus Fugit, O Tempo Voa). Seres humanos podem visitar seu reino com alguma facilidade, mas não lhes é possível compreender ou relatar totalmente o que lá encontram.
Um dia, Delírio também foi Deleite. Não se sabe porque, como ou quando isto aconteceu.
Ela cheira a suor, vinho azedo, noites tardias e couro velho.
Seu reino é próximo, e pode ser facilmente visitado. As mentes humanas, porém, não foram feitas para compreender seu domínio, e os poucos que viajaram até ele conseguiram relatar apenas fragmentos perdidos.
Sua aparência, um amontoado de idéias vestidas no semblante da carne, é a mais variável de todos os Perpétuos. A forma e o contorno de sua sombra não têm relação com a de nenhum corpo que esteja usando. Ela é tangível como veludo gasto. Delírio tende a se tornar borboletas ou peixes dourados, agora e sempre.
A grande frustração de Delírio é saber que, apesar de ser mais velha que as estrelas e mais antiga que os deuses, ela continua sendo, eternamente, a mais jovem da família, pois os Perpétuos não medem tempo como nós nem vêem mundos através de olhos mortais.
Um dia, Delírio também foi Deleite. E, embora isso tenha sido há muito tempo, ainda hoje seus olhos têm matizes diferentes: um é verde-esmeralda bem vivo, salpicado de pontos prateados; o outro é do mesmo azul que esconde sangue dentro de veias mortais. Ela vê o mundo de seu própria e única visão.
Os Perpétuos acreditam que apenas Delírio sabe porquê ela mudou.




"Quando a primeira coisa viva existiu, eu estava lá esperando... Quando a última coisa viva morrer, meu trabalho estará terminado... Então, eu colocarei as cadeiras sobre as mesas, apagarei as luzes, e fecharei as portas do universo, enquanto o deixo para trás...", Morte, para seu irmão Sonho.




Morte:

O grande momento da vida.












...ou...













O alto preço da vida.














Ainda me passo pros títulos que o Neil Gaiman dá para suas obras...
Em especial as que são relacionadas aos perpétuos.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Socorro...

Eras gente... to com muitas dúvidas e medos...
Algué me ajuda?

Só pra constar mais uma vez

Adoro fazer do blog o twitter!

Só pra constar de novo

Minha dermatite veio com os cacetes segunda de noite...



Vai ter dermatite de cunho emocional abestado! Dá nisso!



Meu rosto ta pegando fogo...

Domingo

Hoje é domingo

Pé de cachimbo*
Cachimbo é de ouro
Dá um estouro
Touro é valente
Bateu no tenente
Tenente é fraco
Cai no buraco
Buraco é fundo
Acabou-se o Mundo

 
* achei mais bacana que "Pede cachimbo"

Só pra constar...

To viciado em Belle & Sebastian!

Oh!

Get me away from here I'm dying

Judy

And the dream of horses

Diário de bordo - Dia 08 de junho de 2010

...Fracasso...

















Ontem só serviu para confirmar o comentário de segunda...













E para confirmar o que eu escrevi no post "Palavras"













Confirmei ainda, que a pior sensação que o homem pode ter é a de impotência... é a de que não somos capazes de fazer algo... é a de saber que estamos errando sem saber como conseguir consertar o erro...
Tal sensação ficar pior ainda quando é complementada com a sensação de que estamos atrapalhando os outros... de que não mais fazemos parte do grupo (se é que algum dia fizemos parte dele)... de que não nos encaixamos em canto nenhum...













To me sentindo a própria merda da mosca que fica na orelha do jumento do bandido... (sem desmerecer a pobre da mosca, mas...)














Provavelmente estou colhendo a falta de empenho nas cenas do banco...
Quem mandou não gostar da cena?













A peça defeituosa terminou de quebrar...













Não sei o que pensar...













Coro...













Se nem a Lúcia conseguiu me fazer cantar...













Já ouvi dizer que um bom jogador tem que saber a hora de parar...













Não posso deixar meu egoísmo barato, prejudicar o espetáculo... não quando eu estou atrapalhando...















The Greatest - Cat Power

Once I wanted to be the greatest
No wind or waterfall could stall me
And then came the rush of the flood
Stars of night turned deep to dust

Melt me down
Into big black armor
Leave no trace of grace
Just in your honor
Lower me down
To culprit south
Make 'em wash a space in town
For the lead
And the dregs of my bed
I've been sleepin'
Lower me down
Pin me in
Secure the grounds
For the later parade

Once I wanted to be the greatest
Two fists of solid rock
With brains that could explain
Any feeling

Lower me down
Pin me in
Secure the grounds
For the lead
And the dregs of my bed
I've been sleepin'
For the later parade

Once I wanted to be the greatest
No wind or waterfall could stall me
And then came the rush of the flood
Stars of night turned deep to dust

Só pra eu rir um pouco no meio de lágrimas (e pq eu adoro ser sarcastico/ironico/sadico comigo mesmo): poooooooo... perdi uma camisa da toulon que comprei no rj fazendo o figurino!!!!! hahahahaha foi engraçado!!!!! e uma calça que eu usava há uns 3 anos atrás coube em mim!!! eba!!!!!!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
...auf wiedersehen...

Absurdo...

“Nada é tão absurdo que o hábito não torne aceitável.” (Erasmo)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Palavras...

A maior arma do ser humano...
Palavras...
Palavras pequenas...
Palavras apenas...
Palavras bonitas...
Palavras feias...
Palavras que podem te fazer sonhar...
Palavras que podem te fazer amar...
Palavras que podem te fazer querer estar junto...
Palavras que podem te fazer rir...
Palavras que podem te dar esperança...
Palavras que podem te fazer fazer...
Palavras que pode ter fazer não fazer...















Palavras que podem destruir sonhos... como agora
Palavras que podem te fazer odiar... como agora
Palavras que podem te fazer querer se afastar... como agora
Palavras que podem te fazer querer sumir do mapa... como agora
Palavras que podem destruir as esperanças... como agora
Palavras que podem te fazer mal... como agora
Palavras que podem te fazer pensar que voce é a pior pessoa do mundo... como agora
Palavras que podem te fazer querer desistir de tudo... como agora













Palavras...














O sonho acabou...
Talvez ele não fosse um sonho tão grande e forte assim...
I had a dream...
Ou talvez ele me tinha...
Talvez ele tenha se cansado de mim...
Talvez ele tenha parado de ser sonho e começado a ser realidade... e a realidade não é boa...
Talvez ele tenha me usado pra conseguir o que queria... destruir... e, depois de conseguir, me descartou...













5 estágios...











Negação...














Raiva...











Barganha...













Depressão...













Aceitação...















Tudo vai ficar bem...













Tudo IA ficar bem...













Ecerrando as atividades...














O que sobrou?














Nada...















Nem o sonho...













Adeus...













Também é um palavra....















Que jogo aqui, no vento e para vento...














Ninguem ouve...















Ninguem lê...
















Todos...














Exceto o meu doce e eterno companheiro...














O vento...





















Adios...

Menuautosetengine

Firufu
Furifirufu
Furifirufu
Furifirufu
Fururu
Fururu
Fu
Fu

sábado, 5 de junho de 2010

Kekkai

O futuro ainda não foi decidido...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

América

por Allen Ginsberg

América eu te dei tudo e agora não sou nada.
América dois dólares e vinte e sete centavos 17 de janeiro de 1956.
América não agüento mais minha própria mente.
América quando acabaremos com a guerra humana?
Vá se foder com sua bomba atômica.
Não estou legal não me encha o saco.
Não escreverei meu poema enquanto não me sentir legal.
América quando é que você será angelical?
Quando você tirará sua roupa?
Quando você se olhará através do túmulo?
Quando você merecerá seu milhão de trotskistas?
América por que suas biblioteca estão cheias de lágrimas?
América quando você mandará seus ovos para a Índia?
Eu estou cheio das suas exigências malucas.

Quando poderei entrar no supermercado e comprar o que preciso só com minha boa aparência?
América afinal eu e você é que somos perfeitos não o outro mundo.
Sua maquinaria é demais para mim.
Você me fez querer ser santo.
Deve haver algum jeito de resolver isso.
Burroughs está em Tânger acho que ele não volta mais isso é sinistro.
Estará você sendo sinistra ou isso é uma brincadeira?
Estou tentando entrar no assunto.
Eu me recuso a desistir das minhas obsessões.
América pare de me empurrar sei o que estou fazendo.
América as pétalas das ameixeiras estão caindo.
Faz meses que não leio os jornais todo dia alguém é julgado por assassinato.
América fico sentimental por causa dos Wobblies. [1]

América eu era comunista quando criança e não me arrependo.
Fumo maconha toda vez que posso.
Fico em casa dias seguidos olhando as rosas no armário.
Quando vou ao Bairro Chinês fico bêbado e nunca consigo alguém para trepar.
Eu resolvi vai haver confusão.
Você devia ter me visto lendo Marx.
Meu psicanalista acha que estou muito bem.
Não direi as Orações ao Senhor.
Eu tenho visões místicas e vibrações cósmicas.
América ainda não lhe contei o que você fez com Tio Max depois que ele voltou da Rússia.
Eu estou falando com você.
Você vai deixar que sua vida emocional seja conduzida pelo Time Magazine?
Estou obcecado pelo Time Magazine.
Eu o leio toda semana.
Sua capa me encara toda vez que passo sorrateiramente pela confeitaria da esquina.
Eu o leio no porão da Biblioteca Pública de Berkeley.
Está sempre me falando de responsabilidades. Os homens de negócios são sérios. Os produtores de cinema são sérios. Todo mundo é sério menos eu.
Passa pela minha cabeça que eu sou a América.
Estou de novo falando sozinho.

A Ásia se ergue contra mim.
Não tenho nenhuma chance de chinês.
É bom eu verificar meus recursos nacionais.
Meus recursos nacionais consistem em dois cigarros de maconha milhões de genitais uma literatura pessoal impublicável a 2000 quilômetros por hora e vinte e cinco mil hospícios.
Nem falo das minhas prisões ou dos milhões de desprivilegiados que vivem nos meus vasos de flores à luz de quinhentos sóis.
Aboli os prostíbulos da França, Tânger é o próximo lugar.
Ambiciono a Presidência apesar de ser católico.

América como poderei escrever uma litania neste seu estado de bobeira?
Continuarei como Henry Ford meus versos são tão individuais como seus carros mais ainda todos têm sexos diferentes.
América eu lhe venderei meus versos a 2.500 dólares cada com 500 de abatimento pela sua estrofe usada.
América liberte Tom Mooney. [2]
América salve os legalistas espanhóis.
América Sacco & Vanzetti não podem morrer [3]
América eu sou os garotos de Scottsboro [4]

América quando eu tinha sete anos minha mãe me levou a uma reunião da célula do Partido Comunista
Eles nos vendiam grão de bico um bocado por um bilhete um bilhete por um tostão
E todos podiam falar todos eram angelicais e sentimentais para com os trabalhadores,
Era tudo tão sincero você não imagina que coisa boa era o Partido em 1935
Scott Nearing era um velho formidável gente boa de verdade
Mãe Bloor me fazia chorar certa vez vi Israel Amster cara a cara.
Todo mundo devia ser espião. [5]

América a verdade é que você não quer ir à guerra.
América são eles os Russos malvados.
Os Russos os Russos e esses Chineses. E esses Russos.
A Rússia nos quer comer vivos. O poder da Rússia é louco.
Ela quer tirar nossos carros das nossas garagens.
Ela quer pegar Chicago. Ela precisa de um Reader's Digest vermelho.
Ela quer botar nossas fábricas de automóveis na Sibéria.
A grande burocracia dela mandando em nossos postos de gasolina.
Isso é ruim. Ufa. Ela vai fazê os ìndio aprendê vermelho.
Ela quer pretos bem grandes.
Ela quer nos fazê trabalhá dezesseis horas por dia. Socorro! [6]
América tudo isso é muito sério.
América essa é a impressão que tenho quando assisto televisão.
América será que isso está certo?
É melhor eu pôr as mãos à obra.
É verdade que não quero me alistar no Exército ou girar tornos em fábricas de peças de precisão.
De qualquer forma sou míope e psicopata.
América eu estou encostando meu delicado ombro à roda. [7]
(Allen Ginsberg - Tradução e notas: Claudio Willer, em "Uivo e outros poemas", L&PM, 2006)

Notas

[1] Wobblies - corruptela de Industrial Workers of the World, o movimento operário anarco-sindicalista das primeiras décadas do século.

[2] Tom Mooney - Líder de esquerda, preso várias vezes nos anos 30 e 40.

[3] Sacco e Vanzetti - os mártires do anarquismo: militantes operários falsamente acusados de um assassinato em 1920, presos e executados na cadeira elétrica em 1927, apesar do protesto mundial.

[4] Os garotos de Scottsboro - nove garotos negros presos em 1931 no Alabama, falsamente acusados de haverem violentado uma mulher branca, originando um escândalo racista.

[5] Scott Nearing - candidato socialista à Presidência em 1919. Mãe Bloor - Elia Reever Bloor (1882-1951), líder do PC americano. Israel Amster - outro líder comunista do período que antecede a Segunda Guerra.

[6] Os parágrafos finais de América, poema coloquial, são escritos imitando a fala caipira e dos negros do sul dos Estados Unidos.

[7] meu delicado ombro - my queer shoulder, onde queer tem duplo sentido, pois quer dizer delicado, frágil, e designa o gay, a bicha, o efeminado.

 
Extraido de: http://avoidalleyecontact.blogspot.com/