quarta-feira, 30 de junho de 2010

航海日誌の日 - 6月29、2010

Reunião do GTU ontem...
Ainda de boca aberta...
Pela primeira vez devo confessar que senti um pouco de tensão e medo...
Muitos erros...
Falas não decoradas...
Cenas cortadas de ultima hora...
Erros nos movimentos...
Coisa bem ralentada, como disse o Nilton ou Cézar, ou Nilton Cézar!
Mas WHATEVER...
Hoje tenho prova da Valéria...
Hoje eu fico desempregado...
Minha vida vai, mais uma vez, virar do avesso...
Não posso me dar ao luxo de me preocupar com os erros dos outros...
Tenho que fazer a minha parte...
Só espero ainda ter um resto de sanidade até o final do dia...
Tenho borboletas no estômago...
O sangue ta fervendo...
Nó na garganta...
Quero que o dia acabe logo...
Uma coisa que gostei bastante ontem foi do efeito causado pelas lanternas!
Acho que foi uma ótima cartada da equipe diretora.
...
Inté

domingo, 27 de junho de 2010

Sanidade

Correrei atrás do avião

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Дневник - День 24 июня 2010

Reunião do GTU ontem foi no mesmo rítimo da anterior.
Algumas arrumações.
Algumas experiências bem sucedidas com luzes.
Reptimos as cenas.
Reunião tranquila.
Figurinos em sua maioria.
Meu guarda chuva terminou de desmontar ontem.
Esse fds eu vou colocar as coisas nos seus devidos eixos.













Gente, sinceramente eu estou esgotado.
Tanto fisicamente, quanto psicologicamente.
É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo.
Tenho medo de não conseguir dar conta.
To remando contra a maré.
Não to conseguindo dormir direito.
Não estou conseguindo relaxar.
E o pior de tudo é que eu não estou conseguindo me divertir com o que eu estou fazendo.
Em uma conversa com um amigo do técnico, batemos muito nesse ponto: "Precisamos, acima de tudo, nos divertir com o que estamos fazendo". Voltei a me cobrar demais. Acho que é pq ta tudo acontecendo num rítimo muito acelerado na minha vida. Quero que esse semestre acabe logo. Minha dermatite está de volta. Basta olhar o meu rosto. Ela é visível.
Quero poder dormir em paz uma única noite pelo menos.
Preciso recuperar minhas energias.
Já vai começar julho...
Julho...
Pra muitos uma benção...
Pra mim, ainda não sei...
Abraço pra quem ta lendo.
Se der, me ajudem!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Vontade!

Estava com uma vontade enorme de escrever hoje...
Sabe o que eu fiz?
Comi biscoito Maizena e bebi suco de uva...
A vontade passou...

Planos para julho:
1- Comprar uma armadura estilo Iron Man, porque a coisa lá em casa vai ficar MUITO tensa!
2- Estudar. Ainda não sei bem o que, mas estudarei...
3- Escrever.
4- E o mais importante de todos: seguir o exemplo da minha amiga Leila e fazer cooper na Pedro Alvares Cabral TODO dia, durante a noite, com o Daniel, porque somos desbravadores e destemidos!

Logbuch - Tag 23. juni 2010

Reunião extraordinária do GTU ontem.
Tendo em vista eventos passados que impossibilitaram algumas reuniões, ontem tivemos uma reunião extra e semana que vem também teremos.
No caso da reunião de ontem, ensaiamos as quatro cenas clássicas (família, escola, igreja e banco) exatamente da forma improvisada como as fizemos antes.
Algumas dicas para cada grupo.
Dessa vez fiquei na cena da igreja, eis que vários dos integrantes da referida cena faltaram.
Devo dizer que a experiência foi muito válida. Pessoas diferentes com pensamentos diferentes!
Valeu a pena!
Ainda mais pelo fato de que entramos em acordo logo no começo e mudamos algumas coisas na cena, que, a meu ver, fizeram com que ela ficasse mais bacana.
Gostei de trabalhar com esse grupo!
Em relação as demais cenas, vimos que a da escola já está bem engrenada. A do banco conseguiu entrar num rítimo mais concatenado e foi bastante divertido de assistir o que o grupo preparou. A da família ainda ta meio perdida, mas acho que em breve chegarão num ponto, principalmente pelo fato de que ontem mesmo, ao final da reunião, eles já estavam caminhando juntos numa mesma direção.
Fui com meu figurino e depois ainda desfilei com ele pelo Mall com a Sandy.
Hoje tem GTU de novo.
Até mais ver.


Continuo colocando os cartazes no post anterior.
Acho que essa discussão sobre qual cartaz é o melhor, é o fim da picada... Egos inflando...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Mudança de design

tive de mudar o blog...
sabe aquela sensação de quando andamos na rua e vemos alguem com uma roupa igual a nossa?
poisé! vi um blog com o mesmo formato que o meu e resolvi mudar pra não ficar parecendo cópia.
um dia eu aprendo a editar esse treco aqui direito ai faço um único!
se possível, deixem opiniões que ai vou mudando aqui.
abração pra voces e até mais

Diarrió di Bordó - 22 juin 2010

Reunião do GTU ontem foi tranquila.
Ensaiamos a 2ª cena e depois a 1ª e a 2ª juntas.
Nada de muito novo a ser comentado.
Estou gostando muito de ver o espetáculo ser montado.
A máquina ganhou vida.
Ontem, pelo menos de minha parte, não teve cansaço, nem falta de ar, nem estresse e nem nervosismo.
Os movimentos já estão alocados no meu cérebro e dele dificilmente saem.
Não tenho falas, o que facilita demais a atuação.
Só posso dizer que estou tendo milhões de orgásmos em participar desse grupo tão bacana.
Não sei quem lê esse blog (só tenho uma pequene ideia, num todo de 57 pessoas), mas acho que todos estão de parabens. Tanto a equipe diretora quanto os atores.
Só uma coisa que me veio à cabeça agora: não gostei da forma como a Hilssy tratou a gente ontem. Explicando: nada contra a garota, mas as informações foram meio desencontradas. Nos foi passado uma coisa e ontem nos foi dito, por ela, outra. Entendi que o que ela estava dizendo era só uma proposta, mas pra varia a forma super delicada e educada com a qual foi dito é que não me agradou. Meu figurino já está pronto (tirando o tenis preto que não tenho mais - se alguem tiver um pra emprestar eu agradeço!) e inclusive ontem a Sandy finalmente levou pra reunião, mas como ela chegou super atrasada eu não vesti. Sei das minhas responsabilidades e me esforço ao máximo para cumpri-las no prazo que me é estipulado. In casu, o figurino já está pronto há duas semanas, porém, como as coisas aqui em casa estão tensas, achei melhor deixá-lo na casa da Sandy. Comentei inclusive, em um dos posts anteriores, que a calça que usarei é uma de uns 3 anos atrás que coube em mim novamente (salve teatro me fazendo emagrecer!).
A apresentação já está chegando, mas de um certa forma ainda não consegui me desesperar. Não sei se é pelo fato de que tenho não só essa apresentação, mas também a da oficina (que o texto é enorme!) e a da disciplina da Valéria (história do teatro - baseada na obra Mãe Coragem e Seus Filhos do Brecht), ou ainda se é pela confiança na equipe como um todo (direção e atores) e no meu trabalho até agora.
É isso.
Beijos me liguem.


Queria pedir, para os que leem, e que forem ficar na cidade durante o mês de julho, que me chamem pra fazer alguma coisa. Julho provavelmente será muito apático pra mim (desemprego chegando e férias do teatro). Precisarei ocupar a minha mente e gostaria que fosse com algo útil!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Máquina!

A máquina ganha vida!!!!!
Estamos no mundo mágico de Oz, caminhamos pela estrada de tijolos amarelos, enfrentamos bruxas, corremos perigos, nos desentendemos, nos estressamos, nos amamos, nos ajudamos e, agora, os que não tinham coração, estão ganhando um bem forte, os que não tinham coragem, estão sendo verdadeiros leões, enfrentando seus próprios medos e inimigos e os que não tinham cérebro passaram a racionar e ver o mundo com outros olhos.
O grande mágico de Oz aos poucos foi dando vida à Máquina.
Eis que vos apresento:


Vou colocar aqui todos os cartazes que me mandarem!

domingo, 20 de junho de 2010

Devaneios

No meio do caminho tinha uma pedra...
Tinha uma pedra no meio do caminho...
Pequenas coisas ganham uma proporção enorme...
Coisas enormes perdendo completamente seu signifcado...
Os pedaços, antes bastante danificados pelo tempo e pelo último baque, começaram a se juntar...
A cola invisível ligava cada caco que estava espalhado...
As aranhas e as lagartas ajudavam produzindo o fio da mais pura seda...
Quando todos, menos o último pedaço, finalmente estavam juntos...
No meio do caminho tinha uma pedra...
Tinha uma pedra no meio do caminho...
O último pedaço não pode ser juntado...
Talvez ele tenha criado vontade própria...
Ele queria ficar com a pedra...
A força que ele fez no fio de seda foi tão grande que os outros pedaços vieram ao chão...
A pedra na qual o ultimo pedaço se segurava rachou...
Os cacos estavam novamente espalhados...
A pedra já não mais existia...
O último pedaço correu o mais rápido que podia...
Ele sabia que tinha destruído as demais peças...
E ele sabia que tinha feito isso por sua própria vontade...
A dor era demais para ele, coitado...
Corria...
Corria...
Corria...
Tinha medo de olhar para trás...
Seu corpo estava cansado de tanto correr...
E o esforço que ele fazia era maior do que imaginava que seria...
Quando ele finalmente parou e olhou para trás, viu que os outros pedaços estavam bem próximo, pois haviam sido arrastado por ele graças aos pequenos fios de seda que ligavam todos...
Querendo reprara seu erro, um a um, ele foi colocando em seu devido lugar...
No fim, só restava o seu próprio lugar, lá no topo...
Ele escalou e lá se posicionou...
Os pedaços finalmente estavam juntos...

Mas é lógico que isso é um conto de fadas...
Na real dinâmica dos fatos aconteceu o seguinte:
No meio do caminho tinha uma pedra...
Tinha uma pedra no meio do caminho...

E eles viveram felizes para sempre...
Sendo que o sempre, sempre acaba...
E a felicidade nada mais é do que um doce devaneio de um ser humano ensandecido por sua própria loucura...

Revolução

Revolução pela vertical, raio laser matando índios...












Homenagem!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Próximo

Saramago morreu...
Próximo!






O cara era um gênio, mas ainda assim: Próximo!

Diário de bordo - Dia 17 de junho de 2010

Cena nº 1:

Musiquinha bonitinha!
Trabalhadores esperando com cara de pão velho...
Coro com mais uma musiquinha bonitinha!
Portões da fábrica se abrem...
Peça modelo entra primeiro e começa a movimentar a engrenagem...
Demais peças começam a entrar e completar a engrenagem...
Máquina começa a se movimentar...
Os movimentos precisos da máquina acabam por engolir os cantores...
Máquina passa por eles e os sai levando sem dó nem piedade...
Eles protestam ao vento, sem entender o que está acontecendo...
A máquina retorna e mais uma vez atropela o coro e os cantores...
Coro se transforma em peças, porém defeituosas, que entram na máquina e tantam atrapalhar o perfeito funcionamento da engrenagem...
Os técnicos são acionados para arrumar o problema...
Os técnicos falham e a gerente briga...
O dono da fábrica, por sua vez, chama a atenção da gerente, pois a máquina simplesmente foi desligada e ele estava deixando de ganhar dinheiro por isso...
Ele ordena que a máquina seja ligada...
A gerente obedece e manda a máquina voltar a funcionar...
Até as peças defeituosas trabalham com medo...

FIM












A reunião do GTU de ontem foi isso...
Ensaiamos a primeira cena do espetáculo.
Minha avaliação é positiva.
Já tinha em mente que seria isso mesmo.
Muito esforço de todos.
Esgotamento físico.
Resultados!
Sim! Resultados!
Acredito que o mais importante nisso tudo foi verificar a evolução individual de cada um dos integrantes do grupo!
Todos estão de parabéns na minha opinião.
Quando acabou a reunião passei mal...
Já estava com sinusite e rinite...
Não estava conseguindo respirar direito...
Excedi meus limites, mas tais limites estavam comprometidos por causa das "ites" que eu tinha ontem.
Digo que se não fosse por elas, as "ites", teria feito todos os movimentos ainda mais algumas vezes, tranquilamente!
Digo ainda, que me senti meio mal por não mais ser peça defeituosa e virar peça normal...
Sei lá... mas deixa quieto...
Beijos...
Até mais...

terça-feira, 15 de junho de 2010

A Man Walks Into a Bar

A man walks into a bar

orders a beer and a bowl of peanuts
but the bar turns into a spaceship
and the bartender gives him a hair cut
i cant remember the end of that joke
you once told it to me when we smoked
on your fathers expensive cigars
all i remember is the part of a man walking into a bar

How many lovers does it take
to put a light bulb into a socket?
Why did Mona Lisa smile?
I have the answer written down in my pocket.
I just remember I laughed til i cried
because you told it with your funny voice
your southern dialect makes me rejoice
those special times we had
when love was just a silly gag

I know why Mona Lisa smiled
Da Vinci must have been a really funny guy
and laughter is the only way into my heart
I know why Mona Lisa smiled
Da Vinci must have been a really funny guy
and laughter is the only way into my heart

Summer night on a gravel road
you told me about your childhood friend Veronica
who was claimed to have swallowed a toad
and i picked up my harmonica

I know why Mona Lisa smiled
Da Vinci must have been a really funny guy
and laughter is the only way into my heart
I know why Mona Lisa smiled
Da Vinci must have been a really funny guy
and laughter is the only way into my heart

A man walks into a bar
orders a scotch and a bottle of coke
but the laughter is gone in his heart
you never told me the end of the joke..

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Viciado em Jens Lekman...

domingo, 13 de junho de 2010

Jens Lekman's Farewell Song To Rocky Dennis

Early September and the kids start school

Leaves are floating in the swimming pool
I wish I had a proper reason to cry
A reason not so abstract
More like a broken clause in a contract

All those things your'e supposed to do
I could have done them if I had you
You could have made me a righteous citizen
I could have made all those right decisions

But now I don't know who my friend is
Can you tell me Rocky Dennis
Now I don't know who my friend is
Can you tell me Rocky Dennis

Mama told me I was born a lion
Mama told me I was born with a belly to lie on
Mama told me I was born a liar
Mama told me I was born with a heart to rely on

But now I don't know who my friend is
Can you tell me Rocky Dennis
Now I don't know who my friend is
Can you tell me Rocky Dennis

Can you tell me, can you tell me tonight ooohohh ohooo
Oooh tonight
Can you tell me toniiight

I know

I know why Mona Lisa smiled...














...Da Vinci must have been a really funny guy
and laughter is the only way into my heart...

Só pra constar...

Ainda consigo me surpreender com a minha idiotice...

Ainda não me toquei de que tenho que ficar SÓ...

Essa foi a minha escolha tempos atrás...

Mas, mais uma vez, fui teimoso e "deixei acontecer" só pra, mais uma vez, sair ferido...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Diálogo

Hazel: Posso fazer uma pergunta boba?


Morte: Claro, manda.

Hazel: É mais de uma pergunta. Olha... hã... Por que a gente sofre? Por que morremos? Por que a vida não é sempre boa? Por que não é justa?

Morte: Essas não são perguntas idiotas, Hazel. Para algumas pessoas, são as únicas que importam.

Hazel: Significa que não vai responder?

Morte: Claro que vou. Mas é um assunto muito amplo, e há várias respostas. E as respostas não significam nada... Não são perguntas idiotas, mas é como perguntar: 'Quando é roxo?' ou 'Por que a quinta-feira?', se é que me entende...

Hazel: Não muito.

Morte: Bem. Acho que, em parte, tem a ver com contrastes. Luz e Sombra. Se você nunca viver dias ruins, como vai saber se viveu dias bons?

Morte: Mas em parte é só o seguinte: Se você vai ser humano, tem um monte de coisas que vem junto. Olhos, coração, dias e vida.

Morte: Mas são os momentos que iluminam tudo. As vezes que você nem percebe quando está vivendo... É isso que faz o resto ser importante."

Brief Lives

Tenho lido tanta coisa ultimamente...
Dentre as quais cito: Vidas Breves (Sandman-Neil Gaiman), Despertar (Sandman-Neil Gaiman), Fábulas e Reflexões (Sandman-Neil Gaiman), Um Jogo de Você (Sandman-Neil Gaiman), Fim dos Tempos (Sandman-Neil Gaiman), Prelúdios e Noturnos (Sandman-Neil Gaiman), Morte: O alto Preço da Vida (Morte-Neil Gaiman), Morte: O Grande Momento da Vida (Morte-Neil Gaiman), Morte: Falando Sobre a Vida (Morte-Neil Gaiman), Mistérios Divinos (Neil Gaiman), The Haiku Anthology, A Lição (Eugene Ionesco), As Cadeiras (Eugene Ionesco), Cantora Careca (Ionesco), Primeiro Amor (Samuel Beckett), Elas Gostam de Apanhar (Nelson Rodrigues), Mãe Coragem e Seus Filhos (Brecht)...
Cada um desses livros acrescentou algo novo na minha vida...
Sendo muito sincero, digo que os primeiros (Neil Gaiman) foram os mais significativos pra mim. Acredito que seja pela temática...
Engraçado que cada vez que eu leio os livros referentes a Morte (ver post abaixo) eu tenho mais vontade de viver!
Cada vez mais percebo que a vida é breve (Brief Lives) e devemos aproveitar a cada instante.
Percebo que tudo acontece por um motivo...
Que o acaso, só é acaso para quem não acredita...
Que o destino existe, e, assim como no jardim do Destino (post abaixo), à nossa frente temos milhões de caminhos, mas atrás de nós temos um só caminho: o que foi percorrido.
Que sonhar faz bem, mas temos de ter cuidado com os nossos sonhos... Eles são voláteis e inconstantes e podem nos levar a um estado de inércia, ou até mesmo nos consumir por completo. Todavia, é por meio dos sonhos que a realida fica mais suportavel.
Que destruir nem sempre é para o mal. Pro novo ser criado, o antigo deve ser destriudo.
Que o desejo é insaciável. Quanto mais temos, mais desejamos.
Que de vez em quando somos vigiados pelos espelhos da Desespero (post abaixo). Momentos em que o nosso chão parece não existir. Que o porto seguro começa a ruir. Que parece que tudo tá dando errado. Porém, assim como todos os outros citados, Desespero é apenas um estado. Passa.
Que as vezes precisamos ser loucos para nos tornar-mos sãos. Que o(a) Delírio nada mais é do que o nosso interior se exteriorizando. Que as vezes o Deleite (post abaixo), de tão entorpecente e viciante, acaba se tornando Delírio.
E, por fim, que a Morte não deve ser vista como uma coisa ruim. Bem verdade que ela é a última barreira a ser quebrada, mas para que haja vida, necessária se faz a Morte.
Como uma moeda, que tem dois lados, a Morte e Vida são exatamente a mesma coisa, só que com duas faces.
Viver muito não significa viver bem...
Tanto faz viver 100 anos ou apenas 20. Todos vivem exatamente a mesma coisa: "uma vida inteira".












Em relação ao dia de ontem digo que preciso realmente me controlar.
Minhas emoções estão me prejudicando.
A carga repreendida ao longo desses meses está se manifestando no meu corpo.
Estou emagrecendo, pq não tenho vontade de comer. Minha dermatite tem vindo cada vez mais forte.
Ontem eu tava tão nervoso com a chegada do horário do GTU (pelo fato de não saber mais onde eu ficaria dentro dos blocos), que até febre eu tive...
"Melhor não ir..."
Pensei e foi exatamente o que eu fiz.
Não fui ao GTU, apesar de estar na escola.
E, pela primeira vez, mesmo vendo o pessoal ensaiando, não tive vontade de estar lá.
Esperei a oficina de interpretação da Olinda/Marluce.
No começo da oficina eu ainda tava completamente desnorteado.
Improvisação...
Grupos de 4 pessoas. Cada um faria um movimento completamente improvisado.
Meu grupo conseguiu criar uma cena com tais movimentos, sendo que nenhum chegou a sequer ver o que o outro tinha feito.
O poder de percepção da Marluce é gigantesco...
No meio dos movimentos ela visualizou uma cena e depois organizou a mesma. Um a um ela mandou que repetíssemos os movimentos, e, no final, nós que tinhamos feito, visualizamos a cena criada inconcientemente!
Depois mais improvisação, só que dessa vez deveriamos reagir ao cenário.
Os mesmos grupos de 4 pessoas, sendo que cada grupo montou o cenário de um outro grupo.
Muito interessante.
Piscinas, praias, cemitérios, passarelas e por ai vai.
Tudo terminou com um bate papo sobre a nossa montagem pro mês de julho.
Nessa hora eu ja tinha esquecido completamente tudo o que estava/está acontecendo comigo. Tinha saído do meu corpo. Ri muito. Ri como uma criança. Ri com gosto. Ri como há tempos não ria.
Estava feliz. A febre já até tinha passado. Consegui em dois minutos decidir que personagem farei pra nossa montagem, assim como já tracei, na minha cabeça, como vai ser o monólogo!
Me senti vivo!
Queria que elas lessem isso, pois vou terminar o post de hoje assim:
Muito obrigado por me fazerem sentir que eu estou vivo!
Muito obrigado por me conduzirem maestralmente e por me fazer finalmente perceber que eu consigo criar alguma coisa, criar uma vida, criar personagens!!
Muito obrigado mesmo!
Cada dia que passa, penso menos em deisistir do técnico!
Sei das minhas limitações, extremamente expostas esses últimos dias, mas sei que com o tempo elas serão vencidas. Sei que fui com muita sede ao pote. Sei que meu maior inimigo sou eu mesmo. Eu mesmo me saboto. Eu me cobro demais. Tempo... Vamos ver... Vou aprender a lidar com isso! Sempre aprendi! Pode demorar um pouco. Pode ser que eu tome um caminho mais longo para esse fim. Pode ser que eu ainda tenha que pegar mais umas porradas pra aprender, mas no final, tudo vai ficar bem!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

The Endless...


 
Eles são seres que não são deuses, que existiam antes da humanidade sonhar com deuses e existirão depois que o último deus estiver morto.
Os 7 perpétuos são deuses entidades além, responsáveis pelo ordenamento da realidade conhecida. Só sua existência mantém coeso o universo físico e todos os seres vivos.

São eles: Destino, Morte, Sonho, Destruição, as gêmeas Desejo e Desespero e Delírio, que é a mais nova e que um dia já foi Deleite.
São sete seres que existem, por que, no fundo de nossos corações, sabemos que eles existem.
Eles são a personificação das forças primárias e essenciais que fazem parte de todo ser.



Destino:
Destino é o mais velho dos Perpétuos.
Ele se veste com um manto monástico e é o mais alto de todos os perpétuos. Destino não projeta sombra nem deixa marcas de pegadas. Destino é acorrentado a um livro onde estão escritas todas as coisas, tanto as que já aconteceram, quanto as que ainda estão por acontecer.
Quando só existia a escuridão, antes que a luz surgisse, Destino nasceu e começou a escrever em seu livro.

Em seu reino particular Destino costuma passear por um jardim, onde, sempre no ponto em que ele se encontra, podem ser vistas várias trilhas por onde ele poderá seguir, mas sempre apenas uma por onde ele veio.



Morte:
É a segunda irmã mais velha dos Perpétuos sendo mais nova apenas que Destino. Morte se encontra com cada ser vivente duas vezes em sua vida: no nascimento, e na morte. Ela está fadada a ser o último ser a existir.

Uma vez a cada cem anos ela passa um dia como mortal ao fim do qual ela inevitavelmente morre, para ter melhor compreensão da sua missão.
Morte parece sempre ser o perpétuo mais otimista e bem humorado  ao contrário de seu irmão mais novo, Sonho, sempre mórbido e melancólico. Ela sempre se veste com roupas góticas e carrega um colar na forma de Ankh, ironicamente o símbolo egípcio da vida. Tem cabelos negros, e pele muito pálida (essa última é característica comum a todos os perpétuos).



Sonho:
É o governante do Sonhar (o mundo dos sonhos) e sua interação com o universo, os homens e outras criaturas.
Sonho é um herói nobre, trágico, no estilo tradicional dos heróis da tragédia grega. Às vezes parece insensível, outras meditativo ou irado, mas invariavelmente melancólico. Já seu lado mais racional está sempre ciente de suas responsabilidades, tanto para com as pessoas comuns, quanto para aqueles de suas terras. Compartilha de uma ligação recíproca de dependência e de confiança com sua irmã mais velha, a Morte. Apesar de obscuro, talvez por ter de conviver com a imaginação e os desejos reprimidos de todos os seres vivos que libertam suas mentes em seu reino, ele se esforça vigorosamente em compreender sua própria natureza e a dos outros perpétuos.
De modo geral, Sandman aparece para cada pessoa como o aspecto mais nobre de sua raça. Como personagem, Sonho é extremamente pálido, tem cabelos negros e se veste geralmente apenas com uma peça de tecido preto enrolada ao corpo.
As mentes de todos os seres vivos estão ligadas ao reino de Morpheus, o Sonhar. É para lá que vão as almas de todos os que dormem e onde são guardadas lembranças e pensamentos da hora do sono. O Sonhar guarda também o mundo imaginário de cada sonhador, várias realidades alternativas e seres imaginários se escondem lá. Sua biblioteca abriga bilhões de livros que nunca foram escritos. Toda a sanidade mental dos seres depende da boa administração desse reino (já que a realidade física do universo e mental dos seres também depende de nada "vazar" de lá para cá)e Sandman executa suas funções de maneira magistral. No sonhar vivem, por exemplo, Caim e Abel. Segundo o próprio Sandman, os deuses são gerados no Sonhar, nascendo como sonhos, e só então assumindo seu papel como divindades.




Destruição:
Extrovertido, está sempre tentando alegrar a todos (o que é exatamente o contrário que se esperaria dele) e com certeza é o mais inocente e otimista, sempre esperando que o bem prevaleça.

Por ordem de nascimento, é o irmão do meio entre os Perpétuos.
É um dos mais poderosos Perpétuos pelo fato de ser imune a qualquer tipo de poder e também por ter a capacidade de destruir qualquer ser.
E ele abandonou suas funções...



Desejo:
É irmão gêmeo de Desespero. Desejo é o mais lascivo e supérfluo dos perpétuos, sempre centrado na auto-satisfação. Seu símbolo na galeria dos outros Perpétuos é um coração de vidro.

Desejo não tem sexo definido, as vezes personificando uma mulher e outras um homem, mas sempre de uma beleza extrema e irreprodutível. Ele exala um odor sutil de pêssegos e sempre projeta duas sombras. Sua pele é pálida - característica comum a todos os perpétuos. Ela está sempre sorrindo cinicamente e fuma muito.
Desejo é o Perpétuo mais cruel e é obcecado em interferir nos assuntos de seus parentes mais velhos, principalmente Sonho.
O reino de Desejo, chamado Limiar é uma estátua colossal com as feições do corpo que estiver usando naquele momento. Este corpo é como uma cidade, e Desejo habita seu coração.
É improvável que qualquer retrato consiga fazer jus a Desejo, pois vê-la (ou vê-lo) seria o mesmo que amá-lo (ou amá-la) - apaixonadamente, dolorosamente, até a exclusão de tudo o mais.

Desejo exala um perfume quase subliminar de pêssegos no verão e projeta duas sombras: uma negra
e de nítidos contornos; a outra sempre ondulante, como neblina no calor.
Desejo sorri em breves lampejos, da mesma forma que o brilho do Sol reluz no gume de uma faca. E há muito, muito mais do gume de uma faca na essência de Desejo.
Jamais a(o) possuída(o), sempre o(a) possuidor(a), com pele tão pálida quanto fumaça, e olhos aguçados como vinho.
Desejo é tudo o que você sempre quis.
Quem quer que seja você.
O que quer que seja você.
Tudo.



Desespero:
Ela é a irmã gêmea de Desejo, apesar de ter uma aparência completamente diferente da dele/dela.
Desespero é muito gorda, tem a pele pálida e escamada e cabelos negros curtos. Ela não usa roupas. Na mão esquerda usa um anel com um gancho engastado, que usa para rasgar a própria pele. Esse é também seu símbolo na galeria dos outros Perpétuos. Seu reino é um espaço cinzento, envolto em névoa branca na qual flutuam incontáveis espelhos. Cada um desses espelhos é idêntico a um espelho que existe na Terra: Desespero os usa para observar as pessoas desesperadas.

Às vezes Desespero age em conjunto com Desejo, quando ambos tramam contra um Perpétuo mais velho. No entanto, ela parece ser mais próximo dos outros Perpétuos do que ele/ela, sendo que as vezes parece ter algum carinho por Delírio e sentir saudades de Destruição. Não fala muito, e parece conseqüentemente bruta, mas durante seu discurso no despertar de Sonho revela sua simpatia e sentimentos por ele.
Porém, essa é a segunda versão da Desespero...



Delírio:
Ela é a mais jovem dos Perpétuos.
Geralmente, Delírio (ou Delirium) é baixa e magra, mas sua aparência muda constantemente, e a forma e contorno de sua sombra não têm necessariamente relação com a do corpo que esteja usando. Diz-se que ela cheira a suor, vinho azedo, noites tardias e couro velho. Ela tem um olho azul e o outro verde, salpicado de estrelas, e desta forma vê o mundo de sua própria e única visão.

Seu reino — cada um dos Perpétuos molda seu domínio de acordo com sua personalidade —, é caótico, um amontoado de cores e formas estranhas que muda o tempo todo, e contém a inscrição Tempus Frangit (em latim, O Tempo Quebra, uma referência ao famoso Tempus Fugit, O Tempo Voa). Seres humanos podem visitar seu reino com alguma facilidade, mas não lhes é possível compreender ou relatar totalmente o que lá encontram.
Um dia, Delírio também foi Deleite. Não se sabe porque, como ou quando isto aconteceu.
Ela cheira a suor, vinho azedo, noites tardias e couro velho.
Seu reino é próximo, e pode ser facilmente visitado. As mentes humanas, porém, não foram feitas para compreender seu domínio, e os poucos que viajaram até ele conseguiram relatar apenas fragmentos perdidos.
Sua aparência, um amontoado de idéias vestidas no semblante da carne, é a mais variável de todos os Perpétuos. A forma e o contorno de sua sombra não têm relação com a de nenhum corpo que esteja usando. Ela é tangível como veludo gasto. Delírio tende a se tornar borboletas ou peixes dourados, agora e sempre.
A grande frustração de Delírio é saber que, apesar de ser mais velha que as estrelas e mais antiga que os deuses, ela continua sendo, eternamente, a mais jovem da família, pois os Perpétuos não medem tempo como nós nem vêem mundos através de olhos mortais.
Um dia, Delírio também foi Deleite. E, embora isso tenha sido há muito tempo, ainda hoje seus olhos têm matizes diferentes: um é verde-esmeralda bem vivo, salpicado de pontos prateados; o outro é do mesmo azul que esconde sangue dentro de veias mortais. Ela vê o mundo de seu própria e única visão.
Os Perpétuos acreditam que apenas Delírio sabe porquê ela mudou.




"Quando a primeira coisa viva existiu, eu estava lá esperando... Quando a última coisa viva morrer, meu trabalho estará terminado... Então, eu colocarei as cadeiras sobre as mesas, apagarei as luzes, e fecharei as portas do universo, enquanto o deixo para trás...", Morte, para seu irmão Sonho.




Morte:

O grande momento da vida.












...ou...













O alto preço da vida.














Ainda me passo pros títulos que o Neil Gaiman dá para suas obras...
Em especial as que são relacionadas aos perpétuos.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Socorro...

Eras gente... to com muitas dúvidas e medos...
Algué me ajuda?

Só pra constar mais uma vez

Adoro fazer do blog o twitter!

Só pra constar de novo

Minha dermatite veio com os cacetes segunda de noite...



Vai ter dermatite de cunho emocional abestado! Dá nisso!



Meu rosto ta pegando fogo...

Domingo

Hoje é domingo

Pé de cachimbo*
Cachimbo é de ouro
Dá um estouro
Touro é valente
Bateu no tenente
Tenente é fraco
Cai no buraco
Buraco é fundo
Acabou-se o Mundo

 
* achei mais bacana que "Pede cachimbo"

Só pra constar...

To viciado em Belle & Sebastian!

Oh!

Get me away from here I'm dying

Judy

And the dream of horses

Diário de bordo - Dia 08 de junho de 2010

...Fracasso...

















Ontem só serviu para confirmar o comentário de segunda...













E para confirmar o que eu escrevi no post "Palavras"













Confirmei ainda, que a pior sensação que o homem pode ter é a de impotência... é a de que não somos capazes de fazer algo... é a de saber que estamos errando sem saber como conseguir consertar o erro...
Tal sensação ficar pior ainda quando é complementada com a sensação de que estamos atrapalhando os outros... de que não mais fazemos parte do grupo (se é que algum dia fizemos parte dele)... de que não nos encaixamos em canto nenhum...













To me sentindo a própria merda da mosca que fica na orelha do jumento do bandido... (sem desmerecer a pobre da mosca, mas...)














Provavelmente estou colhendo a falta de empenho nas cenas do banco...
Quem mandou não gostar da cena?













A peça defeituosa terminou de quebrar...













Não sei o que pensar...













Coro...













Se nem a Lúcia conseguiu me fazer cantar...













Já ouvi dizer que um bom jogador tem que saber a hora de parar...













Não posso deixar meu egoísmo barato, prejudicar o espetáculo... não quando eu estou atrapalhando...















The Greatest - Cat Power

Once I wanted to be the greatest
No wind or waterfall could stall me
And then came the rush of the flood
Stars of night turned deep to dust

Melt me down
Into big black armor
Leave no trace of grace
Just in your honor
Lower me down
To culprit south
Make 'em wash a space in town
For the lead
And the dregs of my bed
I've been sleepin'
Lower me down
Pin me in
Secure the grounds
For the later parade

Once I wanted to be the greatest
Two fists of solid rock
With brains that could explain
Any feeling

Lower me down
Pin me in
Secure the grounds
For the lead
And the dregs of my bed
I've been sleepin'
For the later parade

Once I wanted to be the greatest
No wind or waterfall could stall me
And then came the rush of the flood
Stars of night turned deep to dust

Só pra eu rir um pouco no meio de lágrimas (e pq eu adoro ser sarcastico/ironico/sadico comigo mesmo): poooooooo... perdi uma camisa da toulon que comprei no rj fazendo o figurino!!!!! hahahahaha foi engraçado!!!!! e uma calça que eu usava há uns 3 anos atrás coube em mim!!! eba!!!!!!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
...auf wiedersehen...

Absurdo...

“Nada é tão absurdo que o hábito não torne aceitável.” (Erasmo)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Palavras...

A maior arma do ser humano...
Palavras...
Palavras pequenas...
Palavras apenas...
Palavras bonitas...
Palavras feias...
Palavras que podem te fazer sonhar...
Palavras que podem te fazer amar...
Palavras que podem te fazer querer estar junto...
Palavras que podem te fazer rir...
Palavras que podem te dar esperança...
Palavras que podem te fazer fazer...
Palavras que pode ter fazer não fazer...















Palavras que podem destruir sonhos... como agora
Palavras que podem te fazer odiar... como agora
Palavras que podem te fazer querer se afastar... como agora
Palavras que podem te fazer querer sumir do mapa... como agora
Palavras que podem destruir as esperanças... como agora
Palavras que podem te fazer mal... como agora
Palavras que podem te fazer pensar que voce é a pior pessoa do mundo... como agora
Palavras que podem te fazer querer desistir de tudo... como agora













Palavras...














O sonho acabou...
Talvez ele não fosse um sonho tão grande e forte assim...
I had a dream...
Ou talvez ele me tinha...
Talvez ele tenha se cansado de mim...
Talvez ele tenha parado de ser sonho e começado a ser realidade... e a realidade não é boa...
Talvez ele tenha me usado pra conseguir o que queria... destruir... e, depois de conseguir, me descartou...













5 estágios...











Negação...














Raiva...











Barganha...













Depressão...













Aceitação...















Tudo vai ficar bem...













Tudo IA ficar bem...













Ecerrando as atividades...














O que sobrou?














Nada...















Nem o sonho...













Adeus...













Também é um palavra....















Que jogo aqui, no vento e para vento...














Ninguem ouve...















Ninguem lê...
















Todos...














Exceto o meu doce e eterno companheiro...














O vento...





















Adios...

Menuautosetengine

Firufu
Furifirufu
Furifirufu
Furifirufu
Fururu
Fururu
Fu
Fu

sábado, 5 de junho de 2010

Kekkai

O futuro ainda não foi decidido...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

América

por Allen Ginsberg

América eu te dei tudo e agora não sou nada.
América dois dólares e vinte e sete centavos 17 de janeiro de 1956.
América não agüento mais minha própria mente.
América quando acabaremos com a guerra humana?
Vá se foder com sua bomba atômica.
Não estou legal não me encha o saco.
Não escreverei meu poema enquanto não me sentir legal.
América quando é que você será angelical?
Quando você tirará sua roupa?
Quando você se olhará através do túmulo?
Quando você merecerá seu milhão de trotskistas?
América por que suas biblioteca estão cheias de lágrimas?
América quando você mandará seus ovos para a Índia?
Eu estou cheio das suas exigências malucas.

Quando poderei entrar no supermercado e comprar o que preciso só com minha boa aparência?
América afinal eu e você é que somos perfeitos não o outro mundo.
Sua maquinaria é demais para mim.
Você me fez querer ser santo.
Deve haver algum jeito de resolver isso.
Burroughs está em Tânger acho que ele não volta mais isso é sinistro.
Estará você sendo sinistra ou isso é uma brincadeira?
Estou tentando entrar no assunto.
Eu me recuso a desistir das minhas obsessões.
América pare de me empurrar sei o que estou fazendo.
América as pétalas das ameixeiras estão caindo.
Faz meses que não leio os jornais todo dia alguém é julgado por assassinato.
América fico sentimental por causa dos Wobblies. [1]

América eu era comunista quando criança e não me arrependo.
Fumo maconha toda vez que posso.
Fico em casa dias seguidos olhando as rosas no armário.
Quando vou ao Bairro Chinês fico bêbado e nunca consigo alguém para trepar.
Eu resolvi vai haver confusão.
Você devia ter me visto lendo Marx.
Meu psicanalista acha que estou muito bem.
Não direi as Orações ao Senhor.
Eu tenho visões místicas e vibrações cósmicas.
América ainda não lhe contei o que você fez com Tio Max depois que ele voltou da Rússia.
Eu estou falando com você.
Você vai deixar que sua vida emocional seja conduzida pelo Time Magazine?
Estou obcecado pelo Time Magazine.
Eu o leio toda semana.
Sua capa me encara toda vez que passo sorrateiramente pela confeitaria da esquina.
Eu o leio no porão da Biblioteca Pública de Berkeley.
Está sempre me falando de responsabilidades. Os homens de negócios são sérios. Os produtores de cinema são sérios. Todo mundo é sério menos eu.
Passa pela minha cabeça que eu sou a América.
Estou de novo falando sozinho.

A Ásia se ergue contra mim.
Não tenho nenhuma chance de chinês.
É bom eu verificar meus recursos nacionais.
Meus recursos nacionais consistem em dois cigarros de maconha milhões de genitais uma literatura pessoal impublicável a 2000 quilômetros por hora e vinte e cinco mil hospícios.
Nem falo das minhas prisões ou dos milhões de desprivilegiados que vivem nos meus vasos de flores à luz de quinhentos sóis.
Aboli os prostíbulos da França, Tânger é o próximo lugar.
Ambiciono a Presidência apesar de ser católico.

América como poderei escrever uma litania neste seu estado de bobeira?
Continuarei como Henry Ford meus versos são tão individuais como seus carros mais ainda todos têm sexos diferentes.
América eu lhe venderei meus versos a 2.500 dólares cada com 500 de abatimento pela sua estrofe usada.
América liberte Tom Mooney. [2]
América salve os legalistas espanhóis.
América Sacco & Vanzetti não podem morrer [3]
América eu sou os garotos de Scottsboro [4]

América quando eu tinha sete anos minha mãe me levou a uma reunião da célula do Partido Comunista
Eles nos vendiam grão de bico um bocado por um bilhete um bilhete por um tostão
E todos podiam falar todos eram angelicais e sentimentais para com os trabalhadores,
Era tudo tão sincero você não imagina que coisa boa era o Partido em 1935
Scott Nearing era um velho formidável gente boa de verdade
Mãe Bloor me fazia chorar certa vez vi Israel Amster cara a cara.
Todo mundo devia ser espião. [5]

América a verdade é que você não quer ir à guerra.
América são eles os Russos malvados.
Os Russos os Russos e esses Chineses. E esses Russos.
A Rússia nos quer comer vivos. O poder da Rússia é louco.
Ela quer tirar nossos carros das nossas garagens.
Ela quer pegar Chicago. Ela precisa de um Reader's Digest vermelho.
Ela quer botar nossas fábricas de automóveis na Sibéria.
A grande burocracia dela mandando em nossos postos de gasolina.
Isso é ruim. Ufa. Ela vai fazê os ìndio aprendê vermelho.
Ela quer pretos bem grandes.
Ela quer nos fazê trabalhá dezesseis horas por dia. Socorro! [6]
América tudo isso é muito sério.
América essa é a impressão que tenho quando assisto televisão.
América será que isso está certo?
É melhor eu pôr as mãos à obra.
É verdade que não quero me alistar no Exército ou girar tornos em fábricas de peças de precisão.
De qualquer forma sou míope e psicopata.
América eu estou encostando meu delicado ombro à roda. [7]
(Allen Ginsberg - Tradução e notas: Claudio Willer, em "Uivo e outros poemas", L&PM, 2006)

Notas

[1] Wobblies - corruptela de Industrial Workers of the World, o movimento operário anarco-sindicalista das primeiras décadas do século.

[2] Tom Mooney - Líder de esquerda, preso várias vezes nos anos 30 e 40.

[3] Sacco e Vanzetti - os mártires do anarquismo: militantes operários falsamente acusados de um assassinato em 1920, presos e executados na cadeira elétrica em 1927, apesar do protesto mundial.

[4] Os garotos de Scottsboro - nove garotos negros presos em 1931 no Alabama, falsamente acusados de haverem violentado uma mulher branca, originando um escândalo racista.

[5] Scott Nearing - candidato socialista à Presidência em 1919. Mãe Bloor - Elia Reever Bloor (1882-1951), líder do PC americano. Israel Amster - outro líder comunista do período que antecede a Segunda Guerra.

[6] Os parágrafos finais de América, poema coloquial, são escritos imitando a fala caipira e dos negros do sul dos Estados Unidos.

[7] meu delicado ombro - my queer shoulder, onde queer tem duplo sentido, pois quer dizer delicado, frágil, e designa o gay, a bicha, o efeminado.

 
Extraido de: http://avoidalleyecontact.blogspot.com/

Piuí

Tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac
Piuí piuí piuí piuí piuí piuí piuí piuí
Pú pú pú pú pú pú pú pú pú pú pú
Rá rá rá rá rá rá rá rá rá rá rá rá
Tátátátátátátátátátátátátátátátátá
Zizizizizizizizizizizizizizizizizizizizizi
Poc poc poc poc poc poc poc
Tum tum tum tum tum tum tum tum
Ploft ploft ploft ploft ploft ploft ploft
Roc roc roc roc roc roc roc roc roc
Pei pei pei pei pei pei pei pei pei pei
Zion zion zion zion zion zion zion zion
Blaum blaum blaum blaum blaum blaum
Uel uel uel uel uel uel uel uel uel uel uel
Parangaricutirimirruaru
Beribecancatabamba
Asaftasardemdoememorroidasidem
Pimentoriumincusoriumoutremrefrescusest
I think I can I think I can I think I can
I thought I could I thought I could I thought I could
I wish I can I wish I can I wish I can
Brum brum brum brum brum brum
Acorda filho da puta sem vergonha ta na hora de tabalhar

E eu acordei...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Protesto 2

Olhou amarrado, ta alexandrado

Protesto

Só tenho uma coisa para te dizer:
"Tu nem brilha no escuro"

Diário de bordo - Dia 1º de junho de 2010

Sou uma peça defeituosa...
Se engana quem acha que eu não estou contente com esse fato.
Assim como na história do vaso rachado que não conseguia levar toda a água para a casa do patrão, e que se sentia triste por isso, mas que no fim foi consolado pelo seu carregador, o qual afirmava que no caminho que percorria diáriamente com os vasos nos ombros, um perfeito e o outro rachado, somente no lado que estava o vaso rachado é que tinham flores, por causa da água que ele deixava escapar, estou muito feliz em saber que sou uma peça defeituosa!
Acredito ainda que foi exatamente por esse fato que a reunião do GTU de ontém foi incrivelmente surpreendente e prazerosa. Descobrimos mais algumas ideias que brotaram ao longo das reuniões acerca das primeiras cenas. A máquina, até então estática, começou a se movimentar e a ofuscar/sufocar os seres humanos cantantes, saltitantes e dançantes. A máquina, como todo e qualquer objeto, é formada por peças perfeitas e imperfeitas, que se desgastam com o tempo. As perfeitas fazem com que a máquina funcione exatamente da forma que ela foi projetada para tanto. As defeituosas, por sua vez, fazem com que a máquina não funcione adequadamente, e, por consequência, acabam atrapalhando o funcionamento das peças perfeitas.
Quando isso acontece, quando as peças tornam-se defeituosas, faz-se necessária a presença de técnicos especializados para consertá-las, e, por via de consequência, fazer com que a máquina volte a funcionar corretamente. Porém, nem sempre as peças defeituosas podem ser consertadas, e, em alguns casos, as próprias peças perfeitas não permitem que a maquina volte a funcionar da maneira correta, mesmo com a presença dos técnicos... Ai entra em cena alguem da direção. Mistura total. Cena? Realidade? Cena e realidade? Máquina? Peças? Tudo junto num grande espetáculo.
Esse foi um breve resumo da reunião de ontem! Adorei saber que faço parte do grupo da peças defeituosas, assim como do coro e da coreografia, apesar de não saber dançar porra nenhuma!
Mas todo desafio é válido!.
Forte abraço pra todos.

terça-feira, 1 de junho de 2010

5 estágios...

Ana passou direto para seu quarto. Não via a hora de tirar aquele vestido e principalmente os sapatos. Estava exausta. Fazia muito tempo que não saia com as amigas, ainda mais para passar o dia na rua batendo perna e fazendo compras. Mas aquele cansaço não era normal... E ela sabia disso. Sua cabeça estava latejando como nunca. Enquanto subia as escadas, Ana teve a sensação de que iria desmaiar. Sentiu-se fraca demais, tonta e com a cabeça parecendo que ia estourar a qualquer momento. Conseguiu chegar no seu quarto a duras penas, e lá, se jogou na cama. Passados alguns minutos, a tontura havia passado e Ana se levanta e vai ao banheiro a fim de tomar um longo banho. Sua cabeça ainda latejava. Durante o banho Ana sentiu que estava melhorando. Esse era seu segredo... Desde que começou esse rítimo frenético de viagens Ana se sentia mal, porém, como todos, sempre se fez de durona e nunca revelou isso a ninguém. Ela estava preocupada com os exames que o médico solicitara. Ela sabia que algo não estava bem. Com todas essas coisas na cabeça ela sai do banho, veste o roupão e nem percebe que se celular estava tocando no interior de sua bolsa. Eles só tinham uma linha de telefone fixo na casa, a qual ficava no escritório e estava ligada direto no modem, para a internet, e Ana, se lembrando das outras mudanças, achava que nem seria necessário ter, de fato, um telefone fixo na casa. Ela desce as escadas e vai até a cozinha ver a quantas Maria ia preparando o jantar. O relógio já marcava 19:00, e, como de costume, Ana, apesar do jantar preparado por Maria, faz apenas um lanche. Felipe e Carol seguem o exemplo da mãe e fazem somente uma boquinha, para ira de Maria, que havia perdido um bom tempo na cozinha para preparar o jantar. Após o lanche, Felipe retorna para o computador e Carol se tranca em seu quarto. Ana vai até a estante do escritório e pega o livro que havia começado a ler antes da mudança e segue para o sofá. Ela não tinha muita coisa para fazer naquela noite. Aliás, nenhum deles tinha muita coisa para fazer. Não conheciam muitas pessoas. Os garotos ainda estavam se enturmando na escola, à exceção do mais velho, Caio, que por indicação de seu antigo técnico, foi super bem acolhido pelos novos colegas do time e, por isso, já saía mais de casa. Ana só conhecia Vera, porém nessa noite ela não poderia contar com sua companhia, pois Vera tinha ido a um jantar beneficente. Ana acaba cochilando no sofá, com o livro sobre si até que acorda assustada. Uma sensação ruim tomou conta de si. Ela olha no relógio. Já era 22:30. Ela vai até o andar de cima. Percebe a luz ainda ligada no quarto de Felipe. Bate na porta e diz que já está na hora de dormir. Carol que já estava no décimo sono, nem percebeu quando Ana abriu a porta do quarto e deu uma arrumada em alguns papéis que estavam pelo chão. A porta do quarto de Caio estava aberta e o quarto estava exatamente da forma como Maria havia arrumado de manhã. Ele ainda não voltara do treino. Estava tarde. Ana ficou mais preocupada ainda. Não era comum Caio chegar tão tarde dos treinos. Não durante a semana. Ela vai até seu quarto e procurar se celular na bolsa, entre as maquiagens, documentos e afins que carregava. Quando pega seu celular Ana vê que tinham 17 chamadas não atendidas. Três delas eram de Caio por volta das 19:00 e as outras todas eram de números desconhecidos, tanto de celulares quanto de telefones fixos. Seu coração aperta. Ela liga para Caio. Nada. Caixa postal. Ela começa a ficar mais nervosa ainda. A sensação de qua algo ruim havia acontecido era cada vez maior e ela resolve então, ligar para último número que havia lhe telefonado. A voz do outro lado do telefone não lhe era familiar. Era de homem. Ele pergunta que estava falando e Ana explica que haviam diversas ligações do número dele para o celular dela. Ele então diz que se chama Carlos e se identifica como sendo o novo treinador de Caio. Ana começa a se desesperar mais ainda. Ela pergunta se alguma coisa havia acontecido. Ele diz que na saída do treino Caio, assim que começou a dirigir sua moto, começou a ter um ataque a se controcer todo, acabando por cair em cima de um carro que passava em frente à sede do time. Ele diz que está fazendo companhia para Caio no hospital, já que havia tentado entrar em contato com a família mas tanto Ana, quanto Fausto não atenderam os seus respectivos celulares. Ana começa a chorar e solta um grito que faz Carol acordar com o susto e Felipe deixar cair o livro que ainda estava lendo. Ambos vão ao quarto de Ana e a encontram aos prantos se tremendo toda. Ela não conseguia falar direito. Carol tira o celular da sua mão e começa a conversar com Carlos, o qual repete a história anteriormente contada. Carol, mais calma que Ana, mas ainda assim bastante assutada com a notícia, pede o endereço do hospital para Carlos e ordena que Felipe vá chamar Maria e ir ver se Vera poderia lhes dar uma carona. Ele pergunta o que estava acontecendo e Carol só grita que Caio havia sofrido um acidente. Felipe sai do quarto correndo e gritando por Maria a qual, ao escutar os gritos vai ao encontro do garoto. Caio manda Maria subir para ajudar sua mãe e Carol enquanto ele ia na casa de Vera. O garoto bate na porta de Vera desesperadamente. O filho de Vera, Renato, ouvindo as batidas na porta corre para ver do que se tratava. Ao abrir, ele vê um garoto, já com lágrimas no rosto, desesperado, perguntando por Vera. Ele se assusta com a cena, mas dadas as circunstâncias ele só grita pela mãe, a qual, da cozinha, rápido foi até a porta. Felipe tenta explicar a situação mas só conseguia falar algumas coisas. Vera começou a ficar preocupada. Ela foi com Felipe até a casa deste, e, lá chegando, se depara com Ana em estado de choque sendo acalmada por Maria enquanto Carol tentava telefornar para seu pai. Carol explica a situação para Vera e pergunta se ela sabia onde era o hospital que Caio estava internado e pergunta se ela poderia levá-los até lá. Vera concorda e manda seu filho ir rapidamente buscar as chaves de seu carro, porém Carol achava melhor que fossem no carro de Ana, pois ele era maior, motivo pelo qual Renato acabou por ficar. Carol entregou as chaves do carro de Ana para Vera e seguiram para o carro, Ana, Vera, Carol, Felipe e Renato. Carol ordenara que Maria ficasse em casa para avisar seu pai sobre o ocorrido, já que ele não atendia o telefone. Maria se põe a rezar e todos seguem para o hospital...













Outro lapso...
Depois eu continuo...