Ana passou direto para seu quarto. Não via a hora de tirar aquele vestido e principalmente os sapatos. Estava exausta. Fazia muito tempo que não saia com as amigas, ainda mais para passar o dia na rua batendo perna e fazendo compras. Mas aquele cansaço não era normal... E ela sabia disso. Sua cabeça estava latejando como nunca. Enquanto subia as escadas, Ana teve a sensação de que iria desmaiar. Sentiu-se fraca demais, tonta e com a cabeça parecendo que ia estourar a qualquer momento. Conseguiu chegar no seu quarto a duras penas, e lá, se jogou na cama. Passados alguns minutos, a tontura havia passado e Ana se levanta e vai ao banheiro a fim de tomar um longo banho. Sua cabeça ainda latejava. Durante o banho Ana sentiu que estava melhorando. Esse era seu segredo... Desde que começou esse rítimo frenético de viagens Ana se sentia mal, porém, como todos, sempre se fez de durona e nunca revelou isso a ninguém. Ela estava preocupada com os exames que o médico solicitara. Ela sabia que algo não estava bem. Com todas essas coisas na cabeça ela sai do banho, veste o roupão e nem percebe que se celular estava tocando no interior de sua bolsa. Eles só tinham uma linha de telefone fixo na casa, a qual ficava no escritório e estava ligada direto no modem, para a internet, e Ana, se lembrando das outras mudanças, achava que nem seria necessário ter, de fato, um telefone fixo na casa. Ela desce as escadas e vai até a cozinha ver a quantas Maria ia preparando o jantar. O relógio já marcava 19:00, e, como de costume, Ana, apesar do jantar preparado por Maria, faz apenas um lanche. Felipe e Carol seguem o exemplo da mãe e fazem somente uma boquinha, para ira de Maria, que havia perdido um bom tempo na cozinha para preparar o jantar. Após o lanche, Felipe retorna para o computador e Carol se tranca em seu quarto. Ana vai até a estante do escritório e pega o livro que havia começado a ler antes da mudança e segue para o sofá. Ela não tinha muita coisa para fazer naquela noite. Aliás, nenhum deles tinha muita coisa para fazer. Não conheciam muitas pessoas. Os garotos ainda estavam se enturmando na escola, à exceção do mais velho, Caio, que por indicação de seu antigo técnico, foi super bem acolhido pelos novos colegas do time e, por isso, já saía mais de casa. Ana só conhecia Vera, porém nessa noite ela não poderia contar com sua companhia, pois Vera tinha ido a um jantar beneficente. Ana acaba cochilando no sofá, com o livro sobre si até que acorda assustada. Uma sensação ruim tomou conta de si. Ela olha no relógio. Já era 22:30. Ela vai até o andar de cima. Percebe a luz ainda ligada no quarto de Felipe. Bate na porta e diz que já está na hora de dormir. Carol que já estava no décimo sono, nem percebeu quando Ana abriu a porta do quarto e deu uma arrumada em alguns papéis que estavam pelo chão. A porta do quarto de Caio estava aberta e o quarto estava exatamente da forma como Maria havia arrumado de manhã. Ele ainda não voltara do treino. Estava tarde. Ana ficou mais preocupada ainda. Não era comum Caio chegar tão tarde dos treinos. Não durante a semana. Ela vai até seu quarto e procurar se celular na bolsa, entre as maquiagens, documentos e afins que carregava. Quando pega seu celular Ana vê que tinham 17 chamadas não atendidas. Três delas eram de Caio por volta das 19:00 e as outras todas eram de números desconhecidos, tanto de celulares quanto de telefones fixos. Seu coração aperta. Ela liga para Caio. Nada. Caixa postal. Ela começa a ficar mais nervosa ainda. A sensação de qua algo ruim havia acontecido era cada vez maior e ela resolve então, ligar para último número que havia lhe telefonado. A voz do outro lado do telefone não lhe era familiar. Era de homem. Ele pergunta que estava falando e Ana explica que haviam diversas ligações do número dele para o celular dela. Ele então diz que se chama Carlos e se identifica como sendo o novo treinador de Caio. Ana começa a se desesperar mais ainda. Ela pergunta se alguma coisa havia acontecido. Ele diz que na saída do treino Caio, assim que começou a dirigir sua moto, começou a ter um ataque a se controcer todo, acabando por cair em cima de um carro que passava em frente à sede do time. Ele diz que está fazendo companhia para Caio no hospital, já que havia tentado entrar em contato com a família mas tanto Ana, quanto Fausto não atenderam os seus respectivos celulares. Ana começa a chorar e solta um grito que faz Carol acordar com o susto e Felipe deixar cair o livro que ainda estava lendo. Ambos vão ao quarto de Ana e a encontram aos prantos se tremendo toda. Ela não conseguia falar direito. Carol tira o celular da sua mão e começa a conversar com Carlos, o qual repete a história anteriormente contada. Carol, mais calma que Ana, mas ainda assim bastante assutada com a notícia, pede o endereço do hospital para Carlos e ordena que Felipe vá chamar Maria e ir ver se Vera poderia lhes dar uma carona. Ele pergunta o que estava acontecendo e Carol só grita que Caio havia sofrido um acidente. Felipe sai do quarto correndo e gritando por Maria a qual, ao escutar os gritos vai ao encontro do garoto. Caio manda Maria subir para ajudar sua mãe e Carol enquanto ele ia na casa de Vera. O garoto bate na porta de Vera desesperadamente. O filho de Vera, Renato, ouvindo as batidas na porta corre para ver do que se tratava. Ao abrir, ele vê um garoto, já com lágrimas no rosto, desesperado, perguntando por Vera. Ele se assusta com a cena, mas dadas as circunstâncias ele só grita pela mãe, a qual, da cozinha, rápido foi até a porta. Felipe tenta explicar a situação mas só conseguia falar algumas coisas. Vera começou a ficar preocupada. Ela foi com Felipe até a casa deste, e, lá chegando, se depara com Ana em estado de choque sendo acalmada por Maria enquanto Carol tentava telefornar para seu pai. Carol explica a situação para Vera e pergunta se ela sabia onde era o hospital que Caio estava internado e pergunta se ela poderia levá-los até lá. Vera concorda e manda seu filho ir rapidamente buscar as chaves de seu carro, porém Carol achava melhor que fossem no carro de Ana, pois ele era maior, motivo pelo qual Renato acabou por ficar. Carol entregou as chaves do carro de Ana para Vera e seguiram para o carro, Ana, Vera, Carol, Felipe e Renato. Carol ordenara que Maria ficasse em casa para avisar seu pai sobre o ocorrido, já que ele não atendia o telefone. Maria se põe a rezar e todos seguem para o hospital...
Outro lapso...
Depois eu continuo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário