sexta-feira, 11 de junho de 2010

Brief Lives

Tenho lido tanta coisa ultimamente...
Dentre as quais cito: Vidas Breves (Sandman-Neil Gaiman), Despertar (Sandman-Neil Gaiman), Fábulas e Reflexões (Sandman-Neil Gaiman), Um Jogo de Você (Sandman-Neil Gaiman), Fim dos Tempos (Sandman-Neil Gaiman), Prelúdios e Noturnos (Sandman-Neil Gaiman), Morte: O alto Preço da Vida (Morte-Neil Gaiman), Morte: O Grande Momento da Vida (Morte-Neil Gaiman), Morte: Falando Sobre a Vida (Morte-Neil Gaiman), Mistérios Divinos (Neil Gaiman), The Haiku Anthology, A Lição (Eugene Ionesco), As Cadeiras (Eugene Ionesco), Cantora Careca (Ionesco), Primeiro Amor (Samuel Beckett), Elas Gostam de Apanhar (Nelson Rodrigues), Mãe Coragem e Seus Filhos (Brecht)...
Cada um desses livros acrescentou algo novo na minha vida...
Sendo muito sincero, digo que os primeiros (Neil Gaiman) foram os mais significativos pra mim. Acredito que seja pela temática...
Engraçado que cada vez que eu leio os livros referentes a Morte (ver post abaixo) eu tenho mais vontade de viver!
Cada vez mais percebo que a vida é breve (Brief Lives) e devemos aproveitar a cada instante.
Percebo que tudo acontece por um motivo...
Que o acaso, só é acaso para quem não acredita...
Que o destino existe, e, assim como no jardim do Destino (post abaixo), à nossa frente temos milhões de caminhos, mas atrás de nós temos um só caminho: o que foi percorrido.
Que sonhar faz bem, mas temos de ter cuidado com os nossos sonhos... Eles são voláteis e inconstantes e podem nos levar a um estado de inércia, ou até mesmo nos consumir por completo. Todavia, é por meio dos sonhos que a realida fica mais suportavel.
Que destruir nem sempre é para o mal. Pro novo ser criado, o antigo deve ser destriudo.
Que o desejo é insaciável. Quanto mais temos, mais desejamos.
Que de vez em quando somos vigiados pelos espelhos da Desespero (post abaixo). Momentos em que o nosso chão parece não existir. Que o porto seguro começa a ruir. Que parece que tudo tá dando errado. Porém, assim como todos os outros citados, Desespero é apenas um estado. Passa.
Que as vezes precisamos ser loucos para nos tornar-mos sãos. Que o(a) Delírio nada mais é do que o nosso interior se exteriorizando. Que as vezes o Deleite (post abaixo), de tão entorpecente e viciante, acaba se tornando Delírio.
E, por fim, que a Morte não deve ser vista como uma coisa ruim. Bem verdade que ela é a última barreira a ser quebrada, mas para que haja vida, necessária se faz a Morte.
Como uma moeda, que tem dois lados, a Morte e Vida são exatamente a mesma coisa, só que com duas faces.
Viver muito não significa viver bem...
Tanto faz viver 100 anos ou apenas 20. Todos vivem exatamente a mesma coisa: "uma vida inteira".












Em relação ao dia de ontem digo que preciso realmente me controlar.
Minhas emoções estão me prejudicando.
A carga repreendida ao longo desses meses está se manifestando no meu corpo.
Estou emagrecendo, pq não tenho vontade de comer. Minha dermatite tem vindo cada vez mais forte.
Ontem eu tava tão nervoso com a chegada do horário do GTU (pelo fato de não saber mais onde eu ficaria dentro dos blocos), que até febre eu tive...
"Melhor não ir..."
Pensei e foi exatamente o que eu fiz.
Não fui ao GTU, apesar de estar na escola.
E, pela primeira vez, mesmo vendo o pessoal ensaiando, não tive vontade de estar lá.
Esperei a oficina de interpretação da Olinda/Marluce.
No começo da oficina eu ainda tava completamente desnorteado.
Improvisação...
Grupos de 4 pessoas. Cada um faria um movimento completamente improvisado.
Meu grupo conseguiu criar uma cena com tais movimentos, sendo que nenhum chegou a sequer ver o que o outro tinha feito.
O poder de percepção da Marluce é gigantesco...
No meio dos movimentos ela visualizou uma cena e depois organizou a mesma. Um a um ela mandou que repetíssemos os movimentos, e, no final, nós que tinhamos feito, visualizamos a cena criada inconcientemente!
Depois mais improvisação, só que dessa vez deveriamos reagir ao cenário.
Os mesmos grupos de 4 pessoas, sendo que cada grupo montou o cenário de um outro grupo.
Muito interessante.
Piscinas, praias, cemitérios, passarelas e por ai vai.
Tudo terminou com um bate papo sobre a nossa montagem pro mês de julho.
Nessa hora eu ja tinha esquecido completamente tudo o que estava/está acontecendo comigo. Tinha saído do meu corpo. Ri muito. Ri como uma criança. Ri com gosto. Ri como há tempos não ria.
Estava feliz. A febre já até tinha passado. Consegui em dois minutos decidir que personagem farei pra nossa montagem, assim como já tracei, na minha cabeça, como vai ser o monólogo!
Me senti vivo!
Queria que elas lessem isso, pois vou terminar o post de hoje assim:
Muito obrigado por me fazerem sentir que eu estou vivo!
Muito obrigado por me conduzirem maestralmente e por me fazer finalmente perceber que eu consigo criar alguma coisa, criar uma vida, criar personagens!!
Muito obrigado mesmo!
Cada dia que passa, penso menos em deisistir do técnico!
Sei das minhas limitações, extremamente expostas esses últimos dias, mas sei que com o tempo elas serão vencidas. Sei que fui com muita sede ao pote. Sei que meu maior inimigo sou eu mesmo. Eu mesmo me saboto. Eu me cobro demais. Tempo... Vamos ver... Vou aprender a lidar com isso! Sempre aprendi! Pode demorar um pouco. Pode ser que eu tome um caminho mais longo para esse fim. Pode ser que eu ainda tenha que pegar mais umas porradas pra aprender, mas no final, tudo vai ficar bem!

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