Há quem prefira urtigas...
De vez em quando paro e penso nesse título. Nunca poderia imaginar que o título de um livro seria tão importante pra mim. Um livro que de certa forma, na opinião de muitos, nem é tão bom, mas que fez uma diferença enorme na minha vida. E o título? Ele já diz tudo. Há quem prefira urtigas...
A medida que vivo, coisa que tem sido muito dificil ultimamente, descubro que existem pessoas que preferem urtigas... Pessoas que, em uma interpretação do título, se submetem a tudo por um grande nada... E pessoas que não se submetem a nada, pela esperança de um grande tudo... Pessoas que se acomodam com o que tem... Pessoas que lutam por cada vez mais... Pessoas que não sabem o que querem... Pessoas que acham que sabem... Pessoas que de fato sabem... Pessoas que escolhem...
Escolhas... Palavra que diariamente ecoa na minha cabeça... Cada dia é feito de escolhas e com cada escolha que fazemos adquirimos uma consequência que devemos aceitar. Teve uma época que eu costumava dizer: "Escolhas devem ser feitas e consequências devem ser aceitas".
Escolhas... Uns são maduros demais para elas. Outros, imaturos demais. Existem ainda aqueles em que a dúvida é tão grande, que qualquer escolha, por mínima que seja, se torna um martírio. Em contrapartida, existem aqueles que as fazem, as escolhas, como se todas fossem como a decisão de tomar água quando se está com sede. No fim das contas, todos temos e devemos que fazer escolhas, até a de não querer faze-las.
Em relação as consequências, na minha singela opinião, ninguém é maduro o suficiente para aceitá-las. Uma coisa é escolher e outra é enfrentar as consequências das escolhas. Digo isso, pois, por mais que na nossa cabeça já tenhamos traçado "todas" as possibilidades de acontecimentos, o acontecimento em si, sempre vai ser diferente de tudo que se tenha imaginado. A mente humana é muito fértil. Pensamos, pensamos, pensamos, depois de tanto pensar, planejamos e depois de planejarmos é que enfrentamos. É evidente que cada pessoa tem seu passo a passo com modificações inerentes à sua individualidade, mas no fundo, o processo é o mesmo.
Ademais, digo que não estamos maduros para aceitar as consequências de nossas escolhas, exatamente pelo fato delas entrarem no campo das possibilidades/probabilidades e isso, por si só, já nos torna impotentes, a priori.
O que vai fazer toda a diferença, é como vamos agir, a partir do baque inicial de tais consequências. Me atrevo a dizer que, somente depois desse baque, é que passamos a de fato a aceita-las, as consequencias. E a forma como cada um lida com isso é sempre única. Uns se amedrontam, mas continuam firmes. Outros se amedrontam e desistem. Outros entram em pânico e acabam ficando inertes. Todavia, e é nesse grupo que eu espero me incluir, existem aqueles que não se amedrontam. Existem aqueles que tem fé e ficam mais firmes que antes. Ter fé. Esperança. Macete bom esse.
Mas tem uma coisa que é muito bacana nisso tudo: Não importa qual seja sua escolha, bem como qual a consequência dela e o modo como você lida com isso, no fim de tudo, a experiência valeu. Tudo nessa vida é válido e nos torna pessoas de verdade. Tudo nessa vida contribui para o nosso crescimento.
Escolhas...
Já fiz a minha. Uns me chamam de louco. Outros me dão parabens pela força (apesar de saber que a verdadeira força começará agora, com a consequência dessa escolha). Se foi a certa ou a errada, fica a cargo de Deus a resposta... Mas e você? Já fez a sua?
Lembre-se sempre: Há quem prefira urtigas...
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